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Distribuição espacial e diversidade da comunidade zooplanctônica em áreas úmidas no sul do Brasil

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Autor Freiry, Raquel Fontoura;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/9895196840145001;
Orientador Stenert, Cristina;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/4748567921159572;
Co-orientador Pires, Mateus Marques;
Lattes do co-orientador http://lattes.cnpq.br/8611538734348267;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola Politécnica;
Idioma pt_BR;
Título Distribuição espacial e diversidade da comunidade zooplanctônica em áreas úmidas no sul do Brasil;
Resumo A distribuição das espécies entre locais pode ser influenciada por processos relacionados às interações bióticas e abióticas (seleção de espécies) como pelos processos independentes do ambiente (processos espaciais). O zooplâncton é reconhecido por ser influenciado pelos processos de seleção de espécies, embora a importância de cada processo dependa da distância geográfica, da configuração da paisagem, da capacidade de dispersão e fase do ciclo de vida. Em áreas úmidas intermitentes, o zooplâncton responde rapidamente às alterações do ambiente e pode ser encontrado tanto na coluna d' água (fase ativa) como no sedimento (fase dormente). No entanto, a distribuição espacial e os efeitos dos gradientes ambientais sobre a estrutura do zooplâncton ativo e dormente ainda permanecem desconhecidos. Neste sentido, o objetivo geral da tese foi avaliar a distribuição do zooplâncton em diferentes escalas espaciais e verificar a influência da distância geográfica e dos preditores ambientais (locais e regionais) associados a variação da diversidade beta, assim como, testar a concordância na estrutura das fases ativa e dormente do zooplâncton em uma região de transição dos biomas Mata Atlântica e Pampa no Sul do Brasil. O estudo foi realizado em doze lagoas intermitentes em uma faixa latitudinal de 520 km. Um total de 124 táxons zooplanctônicos foram encontrados neste estudo. Os principais resultados foram de que a fase dormente foi estruturada unicamente pelos fatores ambientais locais (variáveis físicas e químicas e estruturais do habitat) e a fase ativa foi estruturada pelos fatores locais (estruturais do habitat) e regionais (clima). Não foram encontrados padrões concordantes na riqueza e composição entre as fases de vida e a avaliação da fase ativa resultou em maior riqueza de espécies. A diversidade beta da fase dormente mostrou maior variação na escala espacial de área úmida, principalmente no bioma Mata Atlântica. Em relação aos grupos, Rotifera foi estruturado pelos fatores ambientais locais e Cladocera e Copepoda por ambos (locais e regionais). Foi encontrada concordância significativa entre a riqueza de Cladocera e Rotifera (fase dormente) e entre Cladocera e Copepoda (fase ativa), além de padrões concordantes significativos na composição de Cladocera e Copepoda e Rotifera e Copepoda. Os resultados combinados de ambas as fases indicaram que a seleção de espécies explicou a estrutura de metacomunidades de zooplâncton, porém, cada fase foi distintamente afetada pelos preditores ambientais locais e regionais. A ausência de concordância na riqueza e composição entre as fases indicou que a fase dormente não é substituta adequada da fase ativa, pelo menos em condições de incubação semelhantes. No entanto, encontraram-se evidências iniciais de que Cladocera e Copepoda podem ser empregados como substitutos de outros grupos em áreas úmidas intermitentes se as conclusões forem limitadas a mesma fase. Além disso, como Cladocera e Copepoda responderam ao clima, espera-se que ambos sejam mais afetados pelas mudanças climáticas previstas para as próximas décadas. Estes resultados podem ser úteis para o planejamento de estratégias de restauração e conservação de áreas úmidas intermitentes em regiões de transição entre os biomas Mata Atlântica e Pampa, uma vez que, demonstraram que diferentes variáveis ambientais e escalas espaciais influenciaram na estruturação do zooplâncton na região estudada.;
Abstract The distribution of species among sites can be influenced by processes related to biotic and abiotic factors (species sorting) and by processes independent of the environment (spatial processes). Zooplankton is strongly influenced by species sorting processes, although the importance of each process depends on geographic distance, landscape configuration, dispersal hability and life cycle phases of species. In temporary ponds zooplankton responds rapidly to changes in the environment and can be found in both the water column (active phase) and the sediment (dormant phase). The spatial distribution and effects of environmental gradients on the structure of active and dormant phase zooplankton remain unknown. In this sense, the general objective of this thesis was to evaluate the distribution of zooplankton at different spatial scales and to verify the influence of geographic distance and environmental predictors (local and regional) associated to variation of beta diversity, and additionally, to test concordance on the structure of active and dormant phases of zooplankton along a transition region between the Forest and Grassland biomes in southern Brazil. The study was carried out in twelve intermittent ponds along a forest-grassland transition in southern Brazil, within a 520-km. A total of 124 zooplankton taxa were found. The main results were that the zooplankton dormant phase was structured by local environmental factors (physical and chemical variables and habitat structure) and the active phase was structured by local (habitat structure) and regional factors (climate). Concordance patterns in species richness and composition were not found between phases and the evaluation of the active phase resulted in greater species richness. The beta diversity of the dormant phase showed greater variation in the scale of ponds, mainly in the Atlantic Forest biome. In relation to the groups, Rotifera was structured by local environmental factors and Cladocera and Copepoda were structured by both (local and regional). Concordance patterns significative were found between the richness of Cladocera and Rotifera (dormant phase), and between Cladocera and Copepoda (active phase). Significative concordance was also found in the composition of Cladocera and Copepoda and Rotifera and Copepoda. The combined results of both phases indicate that species sorting process explained the structure of zooplankton metacommunities, although the phases were distinctly affected by local and regional environmental predictors. The lack of concordance on richness and composition between phases indicates that the dormant phase are not adequate surrogates of active phase in temporary ponds, under similar incubation conditions. However, there is initial evidence that cladocerans and copepods can be employed as surrogates of other groups in temporary ponds, if the conclusions are strictly limited to similar life phase. In addition, as both respond to climate, expected that Cladocera and Copepoda may be more affected by climate change predicted for decades to come. These results may be useful for the planning of restoration and conservation strategies for temporary ponds of transition areas between grassland and forested biomes, since different environmental variables and spatial scales influenced zooplankton composition in the region.;
Palavras-chave Metacomunidades; Clima; Bioma; Concordância; Microcrustáceos; Metacommunities; Climate; Biome; Concordance; Microcrustaceans;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Biológicas::Biologia Geral;
Tipo Tese;
Data de defesa 2019-08-27;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10882;
Programa Programa de Pós-Graduação em Biologia;


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