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Feminismo e cidadania comunicativa: processos comunicacionais de coletivos feministas de Porto Alegre e Salvador

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Autor Guia, Bruna Lapa da;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/2441393454904459;
Orientador Bonin, Jiani Adriana;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/5067996940631872;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola da Indústria Criativa;
Idioma pt_BR;
Título Feminismo e cidadania comunicativa: processos comunicacionais de coletivos feministas de Porto Alegre e Salvador;
Resumo A tese busca compreender os processos comunicacionais, usos e apropriações dos territórios digitais pelos coletivos feministas Odara –Instituto da Mulher Negra, Coletivo Feminino Plural e Movimento de Mulheres Olga Benário, Das cidades de Porto Alegre e Salvador, na perspectiva da construção de cidadania comunicativa vinculada à luta feminista. A pesquisa adota como perspectiva epistêmica a transmetodologia, que permitiu o desenvolvimento das dimensões metodológicas, teóricas e empíricas em articulação e confluência mútua e possibilitou o diálogo interdisciplinar na formação das argumentações teóricas, a partir das áreas da comunicação, sociologia, filosofia e estudos de gênero. Orientadas por essa perspectiva epistemológica, a tese se construiu a partir de movimentos de pesquisa da pesquisa, pesquisa de contexto, pesquisa metodológica, pesquisa exploratória e pesquisa empírica. Esses movimentos articulados tensionaram e moldaram a produção de problematizações teóricas acerca das potencialidades e riscos da comunicação nos espaços digitais, das redes sociais multidimensionais, dos movimentos feministas, das relações de gênero e cidadania comunicativa. Na fase exploratória, foi realizado um mapeamento de movimentos feministas de Porto Alegre e Salvador, observação das ocupações digitais de movimentos feministas nas duas cidades, observação e participação em ações coletivas e entrevistas com seis sujeitas comunicantes, representantes de seis movimentos feministas. Esses movimentos se mostraram fundamentais no tensionamento das argumentações teóricas e no delineamento dos movimentos metodológicos da fase sistemática, que se deu em um contexto peculiar de pandemia mundial. Este contexto causou descentralizações e desestabilizações sociais que atravessaram a construção metodológica da pesquisa e a observação dos dados obtidos na fase sistemática. Nesta fase foi realizada, a partir de perspectivas da etnografia na internet, a observação dos usos e ocupações dos movimentos feministas dos ambientes digitais e entrevistas semiestruturadas com quatro colaboradoras de pesquisa, representantes dos movimentos observados, todas mediadas por plataformas digitais. O conjunto de processos de pesquisa apontou que os movimentos observados possuem práticas comunicacionais multimodais e multidimensionais que integram e são atravessas por ambientes digitais e presenciais. A comunicação é uma dimensão constante, ativa e por vezes, estrutural das ações políticas e das práticas de luta contra o sexismo e a precarização das mulheres e por vidas melhores. Foi observado que estes movimentos constroem ações de generosidade e cuidado aos sujeitos, atentando para a comunicação enquanto direito na formação de sujeitas comunicantes. Assim, foi percebido que os movimentos possuem a capacidade de construir tecnologias sociais de cuidado com a voz das sujeitas, sendo a voz aqui trabalhada como a capacidade de formar a própria expressão livre e libertadora das opressões sociais hegemônicas. Nos ambientes digitais, essas dimensões se traduzem nos usos e apropriações das plataformas como territórios propícios ao compartilhamento de informações referentes às demandas e objetivos de luta e ações dos movimentos; territórios de disputa de narrativas e produção de imaginários resistentes às imagens controladoras presentes na sociedade; e espaços de empoderamento social, cultural e político e epistêmico. Em síntese, os dados apontam que os movimentos feministas observados, ao construir tecnologias sociais de cuidado, partindo do gênero como elemento estrutural, produzem uma comunicação sensível centrada no diálogo, e no reconhecimento da autonomia e senso crítico dos sujeitos. A cidadania comunicativa materializa-se no entendimento do direito às condições para o desenvolvimento da própria voz enquanto direito comunicativo.;
Abstract The thesis seeks to understand the communicational processes, uses and appropriations of digital territories by feminist collectives Odara – Black Woman Institute, Plural Female Collective and Olga Benário Women's Movement, From the cities of Porto Alegre and Salvador, from the perspective of building communicative citizenship linked to feminist struggle. The research adopts transmethodology as an epistemic perspective, which allowed the development of methodological, theoretical and empirical dimensions in articulation and mutual confluence and enabled interdisciplinary dialogue in the formation of theoretical arguments, from the areas of communication, sociology, philosophy and gender studies. Guided by this epistemological perspective, the thesis was built from research on research, context research, methodological research, exploratory research and empirical research movements. These articulated movements tensioned and shaped the production of theoretical problematizations about the potentials and risks of communication in digital spaces, multidimensional social networks, feminist movements, gender relations and communicative citizenship. In the exploratory phase, a mapping of feminist movements in Porto Alegre and Salvador was carried out, observation of the digital occupations of feminist movements in the two cities, observation and participation in collective actions and interviews with six communicating subjects, representatives of six feminist movements. These movements proved to be fundamental in the tensioning of theoretical arguments and in outlining the methodological movements of the systematic phase, which took place in a peculiar context of a global pandemic. This context caused decentralizations and social destabilization that permeated the methodological construction of the research and the observation of data obtained in the systematic phase. At this stage, from the perspectives of ethnography on the internet, observation of the uses and occupations of feminist movements in digital environments and semi-structured interviews with four research collaborators, representatives of the observed movements, were carried out, all mediated by digital platforms. The set of research processes pointed out that the observed movements have multimodal and multidimensional communicational practices that integrate and are crossed by digital and face-to-face environments. Communication is a constant, active and sometimes structural dimension of political actions and practices in the fight against sexism and the precariousness of women and for better lives. It was observed that these movements build actions of generosity and care for the subjects, paying attention to communication as a right in the formation of communicating subjects. Thus, it was perceived that the movements have the ability to build social technologies to care for the voice of the subjects, with the voice being used here as the ability to form their own free and liberating expression from hegemonic social oppression. In digital environments, these dimensions are translated into the uses and appropriations of platforms as territories suitable for sharing information regarding the demands and objectives of the struggle and actions of the movements; territories of disputed narratives and production of imaginaries resistant to the controlling images present in society; and spaces for social, cultural, political and epistemic empowerment. In summary, the data show that the observed feminist movements, when constructing social care technologies, based on gender as a structural element, produce sensitive communication centered on dialogue, and on the recognition of the subjects' autonomy and critical sense. Communicative citizenship is materialized in the understanding of the right to conditions for the development of on’sonw voice as a communicative right.;
Palavras-chave Movimentos feministas; Cidadania comunicativa; Processos comunicacionais; Transmetodologia; Gênero; Feminist movements; Communicative citizenship; Communication processes; Transmethodology; Gender;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Comunicação;
Tipo Tese;
Data de defesa 2021-08-30;
Agência de fomento Nenhuma;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10836;
Programa Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação;


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