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Sexo e sexualidade na adolescência: análise do acesso à informação e exposição a riscos

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Autor Furlanetto, Milene Fontana;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/0740642990013762;
Orientador Marin, Angela Helena;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/2168201231020622;
Co-orientador Gonçalves, Tonantzin Ribeiro;
Lattes do co-orientador http://lattes.cnpq.br/6650257755307637;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Saúde;
Idioma pt_BR;
Título Sexo e sexualidade na adolescência: análise do acesso à informação e exposição a riscos;
Resumo O avanço das pesquisas sobre sexo e sexualidade entre adolescentes tem evidenciado a vulnerabilidade desse público para comportamentos de risco em saúde. Sabe-se que a vivência da sexualidade está interligada a um conjunto de fatores individuais e contextuais, mas maior ênfase ainda é dada para questões relativas ao próprio adolescente. Assim, constata-se a importância de compreender os fatores de risco e proteção relacionados à iniciação sexual na adolescência, integrando os principais sistemas em que o jovem está inserido, como a família e a escola. Com esse foco de investigação foram desenvolvidos dois estudos, apoiados em dados de 253 adolescentes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental de duas escolas de São Leopoldo e quatro de Porto Alegre, os quais responderam a um Questionário de Dados Sociodemográficos e Comportamentos Sexuais, ao Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF) e também participaram de grupos focais (n = 24). O primeiro estudo, intitulado “Fatores individuais e contextuais associados à iniciação sexual entre adolescentes”, com delineamento observacional analítico, buscou investigar a associação entre iniciação sexual na adolescência e fatores individuais (sexo, idade, escolaridade, histórico de reprovação escolar, religião e uso de drogas lícitas e ilícitas) e contextuais (configuração familiar, suporte familiar, nível socioeconômico da família, escolaridade dos pais e acesso a informação sobre sexo e sexualidade). Adicionalmente, entre os adolescentes que já haviam tido relações sexuais, buscou-se examinar a associação entre os fatores individuais e contextuais com o início sexual precoce (anterior aos 15 anos) e o uso inconsistente de preservativos. Análises estatísticas descritivas e inferencias indicaram que as primeiras experiências sexuais dos jovens tem ocorrido conjuntamente com outros comportamentos prejudiciais para seu desenvolvimento, principalmente referente ao uso de álcool e baixo desempenho escolar. Esses fatores parecem estar também relacionados aos níveis de autonomia e afetividade que os adolescentes percebem de suas famílias, já que níveis mais altos de percepção afetivo-consistente se mostraram como fator protetor e a maior autonomia como fator de risco sexual. Já o segundo estudo, com delineamento explanatório sequencial, denominado “Acesso e qualidade da informação recebida sobre sexo e sexualidade na perspectiva adolescente”, objetivou aprofundar a compreensão sobre acesso e a qualidade da informação sobre sexo e sexualidade nos contextos familiar e escolar na perspectiva de adolescentes. Os dados foram analisados estatisticamente e por análise temática, destacando-se dois temas: fontes e limites de acesso às informações sobre sexo e sexualidade e vieses da comunicação. Os resultados indicaram que os adolescentes têm se exposto a riscos sexuais, especialmente devido ao uso inconsistente de preservativo, mesmo que relatem acesso às informações preventivas. O ambiente familiar foi identificado como o principal contexto de referência para educação sexual, no entanto, os adolescentes indicaram que gostariam que se ampliassem as atividades educativas referentes a esse tema na escola. Ainda, se destacaram relatos de atitudes sexistas e homofóbicas nos contextos investigados. Em conjunto, os dados denunciam a necessidade de uma atenção maior para a educação sexual dos adolescentes, não somente no âmbito preventivo, mas também através de diálogos que incluam a diversidade de temáticas e experiências na esfera sexual, além da relevância da inclusão dos contextos sociais nas análises sobre os comportamentos de risco sexual na adolescência.;
Abstract The advancement of research on sex and sexuality among adolescents has evidenced the vulnerability of this public to health risk behaviors. It is known that the experience of sexuality is intertwined with a set of individual and contextual factors, but greater emphasis is still given to issues related to the adolescent himself. Thus, it is important to understand the risk and protection factors related to sexual initiation in adolescence, integrating the main systems in which young people are inserted, such as family and school. With this research focus, two studies were developed, based on data from 253 adolescents from the 6th to the 9th year of primary education at two schools in São Leopoldo and four from Porto Alegre, who answered a Questionnaire on Socio-demographic Data and Sexual Behaviors, Family Support Perception Inventory (IPSF) and also participated in focus groups (n = 24). The first study, entitled "Individual and contextual factors associated with sexual initiation among adolescents", with an analytical observational design, sought to investigate the association between sexual initiation in adolescence and individual factors (sex, age, schooling, history of school failure, religion and use of legal and illicit drugs) and contextual (family configuration, family support, socioeconomic level of the family, parental schooling and access to information about sex and sexuality). In addition, among adolescents who had already had sex, we sought to examine the association between individual and contextual factors with early sexual initiation (prior to age 15) and inconsistent use of condoms. Descriptive statistical analyzes and inferences indicated that the first sexual experiences of the young have occurred along with other behaviors detrimental to their development, mainly referring to the use of alcohol and low school performance. These factors also seem to be related to the levels of autonomy and affectivity that adolescents perceive from their families, since higher levels of affective-consistent perception have shown to be a protective factor and greater autonomy as a factor of sexual risk. The second study, with a sequential explanatory design, called "Access and quality of information received on sex and sexuality in the adolescent perspective", aimed to deepen the understanding about access and quality of information about sex and sexuality in family and school contexts in the perspective of adolescents. The data were analyzed statistically and by thematic analysis, highlighting two themes: sources and limits of access to information about sex and sexuality and communication bias. The results indicated that adolescents have been exposed to sexual risks, especially due to inconsistent condom use, even if they report access to preventive information. The family environment was identified as the main reference context for sex education, however, adolescents indicated that they would like to expand educational activities related to this topic in school. Also, reports of sexist and homophobic attitudes were highlighted in the contexts investigated. Together, the data denounces the need for greater attention to adolescent sexual education, not only in the preventive scope, but also through dialogues that include the diversity of themes and experiences in the sexual sphere, as well as the relevance of including social contexts in the analysis of sexual risk behaviors in adolescence.;
Palavras-chave Adolescência; Sexo; Sexualidade; Educação sexual; Adolescence; Sex; Sexuality; Sex education;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::Psicologia;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2018-08-31;
Agência de fomento FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10351;
Programa Programa de Pós-Graduação em Psicologia;


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