Resumo:
Resumo: No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima cerca de 600.000 novos casos de câncer entre os anos de 2016 e 2017. O óleo essencial de gengibre (OEG) é conhecido por apresentar importantes atividades farmacológicas, como atividades antioxidante, anti-inflamatória, anti-bacteriana e anticâncer. O objetivo deste trabalho é identificar os principais componentes presentes no OEG, bem como analisar o potencial antioxidante e citotóxico do óleo essencial de gengibre in vitro. Métodos: o OEG foi extraído por hidrodestilação e foi analisado por cromatografia gasosa (GC/MS). A atividade antioxidante foi determinada via testes de captura dos radicais DPPH e ABTS. A atividade citotóxica foi determinada através do ensaio MTT, utilizando linhagens celulares de adenocarcinoma do colón humano (HT-29), hepatocarcinoma humano (HepG2) e câncer de mama (MDB-MA-231). Resultados: o OEG foi caracterizado pela presença dominante de α-citral (29,1%), β-citral (16,6%) e geraniol (10,84%). O efeito antioxidante na inibição do radical DPPH, foi de valores de IC50 de 4,43 ± 0,20 mg/mL. Além disso, o OEG testado apresentou excelentes propriedades de eliminação de radicais livres contra o radical de cátions ABTS, 0,74 ± 0,05 mg/Ml, quando comparado ao potencial de eliminação de radicais DPPH. Os valores IC50 do OEG nas células HT-29, HepG2 e MDA-MB-231foram 37,41 ± 0,38 µg/mL, 3,73 ± 0,10 µg/mL e 145,19 ± 0,95 µg/mL, respectivamente. Portanto, o OEG mostrou boa inibição da proliferação de todas as linhagens celulares em concentrações variando de 4,11 a 1000 µg/mL. O efeito inibitório foi dependente da dose, e quanto maior a concentração de OEG, melhor foi a inibição. Conclusão: O OEG possui boas propriedades biológicas demonstrando excelente atividade antioxidante e citotóxica. No entanto, mais pesquisas são necessárias para tornar este rico componente biológico capaz de colaborar adequadamente com a saúde humana.