RDBU| Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos

A experiência da maternidade no contexto de mães com câncer

Mostrar registro simples

Autor Dornel, Ana Luísa Kenne;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/3494107577893113;
Orientador Castro, Elisa Kern de;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/1884508423298536;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Saúde;
Idioma pt_BR;
Título A experiência da maternidade no contexto de mães com câncer;
Resumo Esta dissertação é composta por dois artigos empíricos escritos a partir de pesquisa realizada sobre a experiência da maternidade e os processos saúde-doença em mulheres com câncer. O primeiro estudo refere-se à experiência de ser mãe de filhos em idade pré-escolar e escolar durante o tratamento para o câncer. O segundo estudo examina a comunicação dessas mães com seus filhos a respeito do seu tratamento e doença. Foram entrevistadas 10 mães que estavam realizando tratamento para o câncer ou que o finalizaram nos últimos seis meses, em diferentes estágios da doença. Ambos os estudos tiveram delineamento qualitativo exploratório. Os instrumentos utilizados para os dois estudos foram uma ficha de dados sociodemográficos, clínicos e profissionais e um roteiro de entrevista semiestruturada que versava sobre a experiência da maternidade na situação do câncer. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas na íntegra. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo e analisados em três etapas: a) leitura inicial sem julgamentos (“naive”); b) análise estrutural e categorização do conteúdo; c) interpretação crítica e discussão. Dois juízes independentes avaliaram os conteúdos da entrevista. No estudo I, as categorias que emergiram foram: Ser mãe com câncer é: 1)Ter medo da morte/recidiva e de deixar o filho; 2)Mudar os valores/sentido da vida após a doença; 3)Alterar a rotina da vida familiar/da criança; 4)Ter sentimentos conflitantes, ambivalentes/de derrota; 5)Ter dificuldade em atender as necessidades dos filhos; 6)Lidar com as mudanças nos comportamentos dos filhos e 7)Ter apoio operacional ou emocional. Os resultados evidenciaram que o tratamento do câncer trouxe, além do medo da morte, da recidiva e da finitude da vida, comum às pessoas com essa doença, o medo de não estar presente no futuro na vida dos seus filhos. Observou-se que os filhos podem ser um fator motivação para que essas mães enfrentem o tratamento de maneira positiva. No estudo II as seguintes categorias emergiram a respeito da comunicação com o filho sobre o câncer: 1)O câncer foi revelado ao filho; 2)O câncer não foi revelado ao filho (que se dividiu nas subcategorias: 2.1)Não revelou ao filho e não pretende; 2.2)Não revelou ao filho, mas planeja conversar no futuro; 2.3)Não revelou, mas acredita que o filho saiba da doença. Os resultados mostraram que algumas mães revelaram para seus filhos sobre a doença e compartilharam com eles sofrimentos e esperanças, outras se organizaram com registros de fotos, por exemplo, para informar sobre a situação no futuro. Houve aquelas ainda que pudessem ter dificuldade em falar com o filho sobre a doença por resistência em aceitar ou medo de fazer a criança sofrer. Os achados dos estudos podem ser úteis para aumentar o conhecimento do exercício da maternidade em situação de câncer da mãe e para a compreensão de estratégias de comunicação que favoreçam o vínculo mãe-filho em mulheres com câncer.;
Abstract This dissertation is composed by two empirical articles written on the research about the motherhood experience and the health-disease processes in women with cancer. The first research refers to the experience of being a mother of children in pre-school and school age while getting the cancer treatment. The second study presents the communication of these mothers with their children regarding their treatment and their illness. Ten mothers, who were getting cancer treatment or that had finished it in the last six months, in different stages of the disease, were interviewed. Both studies had a qualitative exploratory design. The instruments used were a sociodemographic, clinical and professional data sheet and a semistructured interview script about the experience of motherhood in the situation of cancer. The interviews were recorded in audio and transcribed in full. The data was submitted to content analysis and then analyzed in three steps: a) initial reading without judgments ("naive"); b) structural analysis and content categorization; c) critical interpretation and discussion. Two independent judges evaluated the interview content. On study I, the categories that emerged were: 1)Having fear of death/relapse and of leaving the child; 2)Change the values/meaning of life after illness; 3)Changing the routine of family/child life; 4)Having conflicting, ambivalent/defeating feelings; 5)Having difficulty to meet the needs of the children 6)Dealing with the changes in the behavior of the children; 7)Having operational or emotional support. The results showed that the treatment of cancer brought, besides fear of death, relapse and finitude of life, common to people with this disease, the fear of not being present in the future in the life of their children. It was observed that children can be a motivating factor for mothers to follow treatment with engagement. In study II the following categories emerged regarding communication with the child about cancer: 1)The cancer was revealed to the child; 2)The cancer was not revealed to the child (which was divided into subcategories: 2.1)She did not reveal it to the child and does not intend to; 2.2)She did not reveal it to the child, but plans to talk in the future; 2.3)She did not reveal it, but she believes that the child knows about the disease. The results showed that some mothers revealed to their children about the disease and shared with them sufferings and hopes, others organized themselves with photo records, for example, to inform about the situation in the future. There were those who might have difficulty on talking to their child about the illness by resistance in accepting it or fear of making the child suffer. The findings of the studies may be useful to increase the knowledge of motherhood in the situation of mothers with cancer and to understand communication strategies that favor mother-child bonding in women with cancer.;
Palavras-chave Maternidade; Mãe-filho; Experiência; Câncer; Maternity; Mother-Child; Experience; Cancer;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::Psicologia;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2017-07-21;
Agência de fomento Nenhuma;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10138;
Programa Programa de Pós-Graduação em Psicologia;


Arquivos deste item

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Buscar

Busca avançada

Navegar

Minha conta

Estatística