Resumo:
O objetivo deste estudo é mensurar as relações entre o risco soberano dos países da América Latina e suas variáveis macroeconômicas como dívida pública, saldo em conta corrente, produto interno bruto (PIB) e investimento em portfólio, no período de 2000 a 2017. Para isso, consideram-se os países Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, que correspondem às maiores economias da América Latina. As análises utilizadas são os testes de causalidade de Granger e os modelos de vetores autorregressivos, com análise pela função de resposta ao impulso e decomposição da variância. Como principais resultados, encontrou-se relações significantes entre o risco soberano e o produto interno bruto no Brasil, Chile, Colômbia e Peru, em que foi identificada causalidade entre as variáveis e efeitos negativos no PIB quando atribuídos choques no risco soberano. Além disso, verificou-se relações significantes entre o risco soberano e dívida pública para Argentina, Colômbia, México e Peru. Assim como, para Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru, entre o risco soberano e o saldo em conta corrente. A relação entre o risco soberano e os investimentos em portfólio apresentou resultados significantes na economia mexicana. Dessa forma, verificou-se que as variações do risco soberano são relevantes e surtem efeitos significativos na economia como um todo dos países. Isso destaca a importância dos soberanos realizarem políticas responsáveis para minimizar efeitos negativos associados ao nível de risco a eles atribuído.