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O presente trabalho consiste em propor um modelo padronizado de portais de transparência ativa para prefeituras municipais, desenvolvido a partir do uso de técnicas do design centrado no usuário junto ao processo de desenvolvimento de software. Escândalos de corrupção e fraudes envolvendo o erário público são exibidos com frequência nos veículos de comunicação e na internet. Grande parte destas informações são extraídas de pesquisas nos portais de transparência das instituições. Estes portais tem grande potencial para se tornarem poderosas ferramentas para o exercício da democracia, mas são pouco utilizadas pela população em geral. Em grande parte, pela dificuldade de compreensão dos dados informados. As referências estudadas para a elaboração da pesquisa procuraram elucidar o atual estado da usabilidade dos portais de transparência pública. Mesmo que o foco do trabalho tenha sido apenas a aderência à legislação, os autores destas referências não deixaram de mencionar as questões de usabilidade. De forma a vivenciar a experiência do usuário neste tipo de portal, foi realizada análise nos sites dos municípios que compõem a região metropolitana de Porto Alegre. Esta teve como o objetivo verificar a usabilidade e compreensão dos dados e informações publicadas. Os estudos e artefatos aplicados embasaram a construção de um modelo, intitulado TAF, acrônimo para Transparência Ativa Facilitada, pois tem por princípio, prover a Transparência do tipo Ativa (CGU, 2019). E estruturado de forma a facilitar a divulgação das informações, pelas instituições, e entendimento pelos usuários, por meio de padronização. Os estudos prévios auxiliaram no levantamento de requisitos e na construção dos demais artefatos, tanto nos de UX Design quanto nos da Engenharia de Software. Para que fosse possível identificar e traçar diferentes perfis de usuários, utilizou-se a técnica de construção de proto-personas. Estas, por sua vez, serviram de base para a construção das jornadas de usuários, que proporcionaram uma visão clara da forma como utilizam ou podem utilizar este tipo de site. Assim, pode-se propor uma experiência de uso aceitável, sem deixar de atender os dispositivos constantes na legislação vigente. As informações obtidas por meio destes estudos foram consolidadas em um protótipo constituído por componentes e funcionalidades, de linguagem acessível. Uma vez finalizada a sua construção, o protótipo foi disponibilizado para testes por 28 usuários, escolhidos de forma a diversificar a amostragem, quanto aos níveis de conhecimento e áreas de atuação. Os resultados obtidos demonstraram que o modelo TAF tem potencial de aceitação, uma vez que entre as 9 afirmativas apresentadas, apenas 6,35% dos usuários discordaram, parcialmente ou totalmente. 10,71% não concordaram e nem discordaram, e os outros 82,93% concordaram totalmente ou parcialmente. Concluiu-se, desta análise, que a inclusão das técnicas de UX Design no processo de desenvolvimento do modelo TAF contribuíram significativamente para a promoção da usabilidade, e compreensão das informações pelos usuários. Todavia, há espaço para novas propostas. Como trabalho futuro, sugere-se a aplicação do modelo TAF em um portal de transparência real, onde seja possível ampliar a amostragem de pesquisa, e obter as informações dos usuários, por meio de técnicas da UX que não foram utilizadas na presente pesquisa.; |