Resumo |
O presente artigo autobiográfico tem por objetivo apresentar o relato de experiência de trabalho coletivo em um estabelecimento de ensino de Educação Infantil em Novo Hamburgo onde as memórias de infância dos professores foram trazidas para o presente como uma forma de envolvê-los de maneira pulsante e criativa na construção do projeto político pedagógico. Fundamenta-se nos conceitos de infância como potência propostos por Kohan, Larrosa, Rinaldi e Mallaguzi, bem como no sentido do sensível de Duarte Júnior que analisa a importância de uma educação fundamentada na “estesia”. Estão presentes os conceitos de memória coletiva, propostos por Halbwachs e Fischer, e onde foram abordadas três categorias de análise para tratar das relações entre a Educação Infantil, a alimentação, a natureza e o brincar. A metodologia utilizada foi a de pequenas narrativas, ou fragmentos de histórias de vida, realizadas a partir dos relatos orais e escritos do grupo de professores, tendo como pano de fundo uma oficina de mosaico, intitulada “Relicário da Infância”. As conclusões apontam para a importância de se considerar as histórias de vida como parte do processo formativo com base nos estudos de Josso (2004) e as memórias de infância como potentes alavancas para favorecer os processos criativos na escola. Inspirado na monografia de Redin (2008), “Experiência Estética e Memórias de Escola – Porque é de infância que o mundo tem precisão”, o relato encontra, nos achados da memória deste grupo de professores, pistas para a construção de uma escola rica em experiências e significados.; |