Resumo |
Insertado no contexto de uma busca pelo bem-viver em tempos de pandemia
da Covid-19, o presente estudo visa investigar o que as relações de interpretância e
experiência da leitura do mito indígena “WUHU SIRUBU, PENEIRA DE ARUMÔ, de
Jaime Diakara, podem evocar. Para tanto, como método uso a proposta em que a
análise da escrita do mito é feita a partir de uma relação de interpretância. Em
primeiro momento, busco observar como os termos tornam e retornam. Após, derivo
dessa observação uma reflexão para poder evidenciar de que forma essa reflexão
se coloca como um encontro com a experiência. Como resultado, encontrei os fatos
enunciativos “cuia de ipadu”, "lago de nuvens em forma de caverna", "colunas",
"bastões" e "peneira de arumã". A partir da reflexão sobre como esses termos
tornam e retornam, percebi que, quando se realiza a leitura sob o viés da
experiência humana, é necessário desapegar da escrita. Cada fato enunciativo
estudado demonstrou que uma palavra que carrega traços multissemióticos implica,
diretamente, uma leitura multissemiótica.; |