RDBU| Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos

O substantivo como marca linguística da representação da mulher em notícias: uma análise enunciativa

Mostrar registro simples

Autor Redel, Alessandra;
Orientador Mello, Vera Helena Dentee de;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/0914287756815896;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Título O substantivo como marca linguística da representação da mulher em notícias: uma análise enunciativa;
Resumo Segundo Émile Benveniste, a linguagem, a subjetividade e a intersubjetividade são inerentes ao homem. Em outras palavras, o homem, por meio da linguagem, explicita a sua subjetividade e, ao instaurar-se como sujeito, torna-se também, automaticamente, intersujeito. Com base nesse postulado, o objetivo do presente trabalho é mostrar que, na língua em funcionamento, o locutor deixa rastros de sua presença no discurso, por meio dos quais produz sentidos e revela seu “mundo” (a referência). Para tanto, focaliza-se o uso do substantivo em duas notícias, a fim de mostrar que essa forma linguística, em sua sintagmatização com outras formas, faz emergir a intersubjetividade, promovendo semantizações e referência. O principal suporte teórico deste estudo é a Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, a qual defende que toda enunciação implica um eu-tu-aqui-agora. A fim de contemplar, mais especificamente, as funções semântico-discursivas que podem ser desempenhadas pelo substantivo, consultaram-se: (i) alguns gramáticos considerados tradicionais − Rocha Lima (2005), Cegalla (2008), Cunha e Cintra (2008) e Bechara (2004) − os quais mencionam, principalmente, a função nomeadora dessa classe gramatical; (ii) alguns linguistas que contemplam a função adjetivadora do substantivo, como Moura Neves (2000 e 2018), Ataliba de Castilho (2014), Vilela e Koch (2001), Basilio (2004) e Perini (2005); (iii) as linguistas Ingedore Koch e Vanda Elias (2018), que abordam a função referenciadora das expressões nominais, cujo núcleo é o substantivo. A metodologia adotada segue o percurso proposto por Benveniste (1989): contempla-se, sucessivamente, o ato enunciativo, a situação em que ele se realiza e os instrumentos de sua realização. O caráter da pesquisa é qualitativo, e a amostra contempla duas notícias publicadas nos veículos de comunicação Jornal El País Brasil e Revista Época. A análise evidencia que o substantivo, em sintagmatização com outras formas linguísticas − geralmente o adjetivo −, não cumpre apenas uma função nomeadora, podendo ser também adjetivador (qualificador ou especificador) e referenciador textual. Mediante o uso de substantivos, em suas sintagmatizações, o locutor gera sentidos e age sobre o alocutário, buscando levá-lo a partilhar a mesma referência (visão de mundo). Em relação à construção do referente mulher, constata-se que os locutores de ambas as notícias, a partir do uso de substantivos ou outros recursos linguísticos, emitem julgamentos, por vezes negativos, acerca das condutas femininas.;
Palavras-chave Substantivo; Sintagmatização-semantização; Adjetivação; Referenciação; Teoria da enunciação;
Tipo TCC;
Data de defesa 2020-07-01;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11521;
Nivel Graduação;
Curso Letras;


Arquivos deste item

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Buscar

Busca avançada

Navegar

Minha conta

Estatística