Resumo |
A tradição literária feminina tem impacto na história da mulher, por representa-la e apresenta-la de modo verdadeiro e realista. No presente estudo, buscou-se evidenciar a importância da literatura feminina para a promoção da sororidade e para o fortalecimento do movimento feminista. Para embasar a pesquisa, trouxemos as reflexões das seguintes autoras: Simone de Beauvoir (2016), Angela Davis (2017; 2018), bell hooks (2006; 2015), Virginia Woolf (2014; 2018), Elaine Showalter (1977; 1981), dentre outras. Ademais, tratamos sobre a origem e a história do feminismo, abordamos acerca da marginalização e da distinção da literatura de autoria feminina, assim como da crítica literária feminista. Por fim, analisamos cinco obras escritas por mulheres distribuídas em tempo e espaço distintos. São estas: A moça do internato (Rússia, 1861), Lésbia (Brasil, 1890), Seus olhos viam Deus (Estados Unidos, 1937), As alegrias da maternidade (Nigéria, 1979) e O país das mulheres (Nicarágua, 2010). A análise teve como base a teoria da “ginocrítica”, desenvolvida pela pesquisadora estadunidense Elaine Showalter (1981). O resultado comprovou os parâmetros estipulados pela autora no que diz respeito à influência cultural refletida na escrita e à conexão das mulheres, no tempo e no espaço, ocasionada por sua experiência coletiva enquanto classe integrante de uma subcultura. Além disso, identificamos uma evolução narrativa e ideológica no que diz respeito ao empoderamento feminino e à relevância da sororidade.; |