Resumo |
A ideia de realizar esta pesquisa surgiu da vontade de valorizar e, portanto, deixar mais um registro da história das comunidades de origem alemã, dos imigrantes e seus descendentes no Rio Grande do Sul. Para tanto, foi dado destaque ao dialeto alemão que essas pessoas falavam e ainda é falado atualmente, o Hunsrückisch. O lugar escolhido para realizar a pesquisa é uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, denominada São José do Hortêncio, mais especificamente, a pesquisa foi realizada em um de seus bairros, Capela do Rosário. Nesse lugar, as famílias recebem a visita mensal de uma agente de saúde que presta serviços básicos de prevenção. Foram escolhidas seis famílias para participar da pesquisa, todas são bilíngues, falam o português e o dialeto alemão. Durante a visita da agente de saúde, o diálogo empregado pelos participantes foi gravado e, após, analisado. Essa pesquisa tem como objetivos: analisar quando essas pessoas usam o dialeto para se comunicarem, em que situações usam o português para a comunicação e, por fim, em que momentos utilizam ambas as línguas. Além da gravação dos diálogos, também foi escrito um diário de campo e foram realizadas entrevistas com os participantes da pesquisa sobre a biografia linguística deles. Os principais resultados da pesquisa apontam que acontece a alternância de códigos durante as visitas da agente de saúde às famílias. Mas ela acontece em menor quantidade do que era esperado. Na maioria dos momentos em que a alternância de código acontece, é por meio da agente de saúde, que usa o dialeto para se comunicar melhor com as pessoas e, também, como uma maneira de se aproximar delas. No geral, os diálogos acontecem da seguinte maneira: a agente de saúde fala em português e as pessoas respondem em alemão.; |