Resumo |
O tema deste estudo foi construído com base na interação entre dois fatores elementares do contexto organizacional atual: as empresas familiares e a sucessão. O estudo aborda a temática sucessão em uma empresa familiar fundada em 1981, que está sob o prisma da primeira geração e se prepara para iniciar o primeiro processo de sucessão. O principal objetivo deste estudo é analisar a atual situação da empresa estudada em termos sucessórios, a fim de identificar se a organização está preparada para o processo de sucessão. Os objetivos específicos visam mapear o histórico da fundação da empresa e as movimentações sucessórias anteriores, além de identificar a estrutura da empresa quanto à sucessão, e prever o futuro da organização no que tange o seu processo sucessório. Sendo assim, cabe o seguinte questionamento: em que momento a empresa se encontra em termos de sucessão? Para encontrar subsídios capazes de dar embasamento à pesquisa, se utilizou um referencial teórico conciso, que trouxe como pano de fundo o histórico das empresas familiares, seus conceitos, características, vantagens e fraquezas, abordando ainda o modelo dos três círculos e, por último, entrando de maneira ampla, na temática da sucessão e da profissionalização. O trabalho se fundamentou metodologicamente através do estudo de caso, da pesquisa descritiva e da pesquisa qualitativa. Já como técnica de coleta de dados se optou pela pesquisa documental, utilizando material disponibilizado pela própria instituição, e por entrevistas individuais semiestruturadas feitas com os diretores da empresa. Como técnica de análise dos dados a opção foi pela exibição dos dados. Através desta pesquisa foi possível fazer o levantamento completo da origem da família Sul, que teve início ainda no século XX, descobrir como ocorreu a fundação do Grupo Sul em 1911, a fundação do Banco Sul em 1981 e observar como se deu a entrada da família no ramo financeiro. Como elementos mais profundos de análise, foi possível constatar que o Banco Sul efetivamente nunca passou por um processo de sucessão, ou seja, ainda está sob o comando da primeira geração, os fundadores, além de ser possível observar os movimentos que a empresa tem feito pensando em uma futura sucessão, mesmo sem prever quando este fenômeno irá ocorrer. Em termos de futuro do Banco Sul, avistou-se que a intenção dos diretores membros da família efetivamente passa pela sucessão familiar, entretanto o caminho até o alcance deste objetivo ainda é longo e cheio de percalços, exigindo um nível de preparação elevada, que permita que este processo de transição ocorra com o menor impacto possível. Conclui-se que a empresa ainda não está preparada para o processo de sucessão familiar e que restam dúvidas aos diretores se o melhor caminho, não seria a sucessão profissionalizada.; |