Resumo:
Esta tese utiliza a Teoria dos Custos de Transação para sustentar a relação existente entre as Informações da Contabilidade de Gestão e a Integração Vertical das organizações, utilizando conceitos de Racionalidade Limitada, Comportamento Oportunista e Especificidade dos Ativos para moderar aquela relação principal. Nessa linha, assume-se a tese de que as informações da Contabilidade de Gestão utilizadas pelos gestores estão relacionadas com o nível de Integração Vertical das organizações. Objetiva-se com este estudo determinar a contribuição do uso das informações da Contabilidade de Gestão para a definição do nível de Integração Vertical das organizações. Para atingir este objetivo, a pesquisa reuniu informações de organizações relacionadas entre as “1.000 Maiores Empresas do Brasil” pela Revista Valor Econômico (publicação de 2019 com dados de 2018), com abordagem quantitativa, utilizando a modelagem de equações estruturais por mínimos quadrados parciais (PLS-SEM) para avaliar hipóteses. Os achados indicam que o uso das informações da contabilidade pelos gestores tem relação positiva com o nível de Integração Vertical das organizações, sofrendo impacto direto do Comportamento Oportunista e indireto da Racionalidade Limitada. Indicam também que a Especificidade dos Ativos tem participação indireta na explicação do Comportamento Oportunista, sendo intermediado pela Racionalidade Limitada. Em contraponto, não foi possível confirmar que o nível de Integração Vertical a montante sofra maior influência do uso das informações da contabilidade do que o nível de Integração Vertical a jusante. A pesquisa contribuiu para a literatura dos temas pesquisados, para empresas e para o universo acadêmico com um modelo que pode ser utilizado para mapear as características de determinadas cadeias produtivas, podendo ainda ser aplicado particionado, de acordo com o interesse, em construtos específicos.