Resumo:
A presente tese foi desenvolvida como uma proposição de estudo sobre os debates eleitorais para presidente a partir das lógicas dos mundos televisivos, conforme o pensamento de Kilpp (2003; 2010), Machado, (2005; 2011) e Wolton (1996) e da tecnocultura contemporânea de Benjamin (2000; 2009; 2015), Fischer (2013), Flusser (2007), McLuhan (1969; 2007) e Jenkins (2013). O material empírico da pesquisa é o debate eleitoral para eleições presidenciais em 2018, no Brasil, realizado em 04/10/2018, pela TV Globo, como território teleaudiovisual. O conceito de teleaudiovisualidades, inicia inspirado em Kilpp (2018), com o televisivo fora da TV com atenção especial ao sonoro. Contudo, ao longo do trabalho, os sentidos do debate eleitoral vão demandando materiais midiáticos de debates anteriores, as redes sociais nas quais os usuários se apropriam dele, outras emissoras que dão sentidos específicos à eleição, ao debate, ao presidente, etc. O procedimento metodológico empregado inclui a metodologia das molduras (KILPP, 2003) processo desconstrutivo que inclui outras metodologias e permite cartografar territórios de experiência e significação. Entre as conclusões destacam-se quatro grandes molduras que se desdobram em molduras específicas que dão sentidos às teleaudiovisualidades do debate eleitoral: as normas do debate (e da TV); os tempos (como software e hardware que instauram a mobilidade e um outro tempo); os espaços teleaudiovisuais (como o cenário, mas também a interface gráfica do usuário, entre outros) e as personas teleaudiovisuais (candidatos, apresentador, repórteres, usuários, etc.).