Resumo:
Atualmente é esperado que os ambientes inteligentes tenham a capacidade de responder a eventos, principalmente em situações inesperadas. Os ambientes inteligentes são favorecidos pela evolução tecnológica, que possibilitou o surgimento do paradigma da Internet das Coisas – Internet of Things (IoT), que permite a conectividade entre diferentes sistemas e dispositivos, sejam físicos ou virtuais, através da Internet. Tanto os sistemas, quanto os dispositivos, podem ser adaptados conforme as necessidades dos ambientes, sejam através de monitoramento ou até mesmo ajustando parâmetros de funcionamento, respondendo assim, de forma dinâmica as mudanças existentes. Para isso, são necessários elementos sensoriais, chamados de objetos sensitivos, utilizados para coletarem informações dos ambientes. Além de coletar e obter os dados de fontes heterogêneas é necessário armazenar os dados de forma a constituir uma base histórica, para consulta e inferência, considerando as características do evento, localização, e momento em que ocorreu, gerando assim históricos de contextos. Com base nos históricos de contextos, aliado a novos eventos, é possível inferir a necessidade de reconfiguração do comportamento operacional dos objetos sensitivos, realizando até mesmo a realocação de recursos móveis para áreas menos densamente monitoradas, permitindo assim dados mais confiáveis e detalhados. Dessa forma, esta tese propõe o modelo computacional AdaptThing, que adapta dinamicamente dispositivos físicos e virtuais da IoT, através de uma rede de objetos sensitivos heterogêneos, com a capacidade de realizar a adaptação dinâmica do comportamento operacional dos elementos envolvidos, de forma a melhorar a resolução e detalhamento dos dados. O modelo computacional foi implementado e avaliado em dois cenários de aplicação. Um cenário foi educacional, onde o sistema forneceu questões de acordo com o conhecimento médio da turma onde aplicado, reduzindo o número de questões do mesmo assunto em 33,3 %. O outro cenário envolveu um conjunto de 25 estações climáticas profissionais, onde uma das estações teve seu funcionamento adaptado com base nas informações do contexto, reduzindo o seu consumo computacional em 67 %. Dessa forma considera-se que o modelo computacional AdaptThing possui a capacidade de gerenciar objetos sensitivos da IoT, adaptando dinamicamente o comportamento operacional de funcionamento, permitindo maior detalhamento de informações.