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Uso recreacional de medicação para ereção em adultos jovens universitários e fatores associados

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Autor Rosa, Flávio Adorno;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/2934590150541444;
Orientador Barcellos, Nêmora Tregnago;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/9038555170562286;
Co-orientador Pattussi, Marcos Pascoal;
Lattes do co-orientador http://lattes.cnpq.br/6214117506681237;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Saúde;
Idioma pt_BR;
Título Uso recreacional de medicação para ereção em adultos jovens universitários e fatores associados;
Resumo Objetivos: Determinar a prevalência do uso de medicação para ereção (EDM) e fatores associados entre estudantes universitários. Métodos: Trata-se de um estudo transversal de base universitária, cuja população foi constituída por 2.295 graduandos vinculados aos cursos de Enfermagem, Odontologia, Medicina, Fisioterapia, Farmácia e Educação Física. Foram incluídos no presente estudo participantes do sexo masculino regularmente matriculados durante o período da pesquisa, com idade igual ou maior a 18 anos, com prevalência de 13,1% do uso de EDM nessa população. Foram excluídos estudantes que informaram não terem tido relações sexuais (13,3%) e que informaram disfunção erétil (4,6%). O desfecho foi o autorrelato de uso de medicação para ereção. As exposições incluíram varáveis sociodemográficas, acadêmicas, características comportamentais, prática sexual, uso de preservativos e passado de infecções de transmissão sexual (ISTs). Os dados foram descritos através de médias e percentagens. A análise dos dados utilizou regressão de Poisson com variância robusta para controle dos fatores de confusão. Resultados: Na amostra estudada os participantes tinham idade média de 23,2 anos (amplitude de 17 a 59). O uso recreativo de inibidores da 5-fosfodiesterase (i5FD) apresentou prevalência crescente com a idade, foi maior naqueles de classe econômica “A”, entre estudantes de medicina, nos anos intermediários dos cursos, naqueles que não haviam sido reprovados, nos fumantes, naqueles que haviam usado drogas, naqueles com maior número de parcerias, entre heterossexuais, naqueles que não haviam usado preservativo na última relação sexual e entre os que apresentavam história passada de IST. Na análise multivariada a idade, o curso frequentado, o tabagismo e o passado de ISTs se mostraram independentemente associadas ao uso não medicamentoso dos i5FD. Desta forma a chance de uso recreativo de i5FD cresceu significativamente com a idade dos participantes sendo naqueles com 25 anos ou mais três vezes aquela encontrada entre universitários de 18 e 20 anos de idade (RP 3,03 IC95% 1,32- 6,93), maior entre os alunos do curso de medicina (RP 2,48 IC95% 1,10-5,64), entre os tabagistas (RP 1,94 IC95% 1,19-3,16) e aqueles que referiam história de IST (RP 2,09 IC95% 1,20-3,61). O álcool, que não havia mostrado diferença na análise bivariada, não modificou sua associação na análise multivariada. Conclusão: Compreender os motivos que levam jovens a utilizar medicamentos para ereção, conhecer a prevalência e frequência de seu uso, identificar fatores associados ao uso, tanto em relação à motivação, quanto aos riscos associados, ainda é um desafio a nível mundial. Uso recreacional de EDM por adultos jovens, assim como disfunção erétil nessa população, podem vir a representar uma nova preocupação para nosso sistema de saúde. As definições de disfunção sexual entre os jovens podem necessitar atualizações. Diante dos resultados obtidos, é possível inferir que os homens podem estar utilizando medicamentos não prescritos também para lidar com problemas de saúde sexual não reconhecidos. Diante da escassez de estudos avaliando essa possibilidade, nossos resultados poderão estimular a comunidade científica a produzir artigos que tragam dados objetivos, possibilitando o planejamento e implementação de ações de promoção de saúde entre homens de todas as idades.;
Abstract Objectives: To determine the prevalence of the use of erection medication (EDM) and associated factors among university students. Methods: This is a cross-sectional universitybased study, the population of which consisted of 2,295 undergraduate students linked to the Nursing, Dentistry, Medicine, Physiotherapy, Pharmacy and Physical Education courses. Male participants regularly enrolled during the research period, aged 18 years old or older, were included in this study. Students who reported not having had sex (13.3%) and who reported erectile dysfunction (4.6%) were excluded. The outcome was self-reported use of erection medication. The exhibits included sociodemographic, academic variables, behavioral characteristics, sexual practice, condom use and past sexually transmitted infections (STIs). The data were described using means and percentages. Data analysis used Poisson regression with robust variance to control confounding factors. Results: In the sample studied, the participants were at an average age of 23.2 years old (ranging from 17 to 59). The recreational use of 5-phosphodiesterase inhibitors (i5FD) showed an increasing prevalence with age, it was higher in those belonging to economic class “A”, among medical students, in the intermediate years of the courses, in those who had not failed, in smokers, in those who had used drugs, in those with the greatest number of partnerships, among heterosexuals, in those who had not used condoms in the last sexual intercourse and among those who had a past history of STIs. In the multivariate analysis, age, course attended, smoking and past STIs were shown to be independently associated with non-medication use of i5FD. Thus, the chance of recreational use of i5FD increased significantly with the age of the participants, with those aged 25 or older by three times compared to that found among university students aged 18 and 20 years old (RP 3.03 95% IC 1.32-6.93), higher among students in the Medical School (RP 2.48 IC 95% 1.10-5.64), among smokers (RP 1.94 IC 95% 1.19-3.16) and those who reported a history of STI (RP 2.09 IC 95% 1 , 20-3.61). Alcohol, which had shown no difference in the bivariate analysis, did not change its association in the multivariate analysis. Conclusion: Understanding the reasons that lead young people to use erection medications, knowing the prevalence and frequency of their use, identifying factors associated with the use, both in relation to motivation and associated risks, is still a challenge worldwide. Recreational use of EDM by young adults, as well as erectile dysfunction in this population, may represent a new concern for our health system. Definitions of sexual dysfunction among young people may need updating. In view of the results obtained, it is possible to infer that men may also be using non-prescription drugs to deal with unrecognized sexual health problems. In view of the scarcity of studies evaluating this possibility, our results may stimulate the scientific community to produce articles that bring objective data, enabling the planning and implementation of health promotion actions among men of all ages.;
Palavras-chave Adultos jovens; Automedicação; Disfunção erétil; Inibidores da fosfodiesterase; Medicação para ereção peniana; Universitários; Uso recreacional; Young adults; Self-medication; Erectile dysfunction; Phosphodiesterase inhibitors; Medication for penile erection; College students; Recreational use;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências da Saúde::Saúde Coletiva;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2020-05-13;
Agência de fomento Nenhuma;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9428;
Programa Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva;


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