Resumo:
Nas últimas décadas tem se observado o crescimento de cesarianas em todo o mundo e no Brasil não é diferente. Mais de 50% dos partos realizados no país não são por via vaginal. Pesquisas nos mostram que diversos fatores têm influenciado para essa premissa. Esta dissertação abarcou uma pesquisa feita com acadêmicas da área da saúde da Universidade de Rio Verde/GO justamente para identificar a preferência pelo tipo de parto neste universo. Por meio de uma abordagem quantitativa observou-se que a maior parte das estudantes preferem a cesárea. Aprofundamos esses dados por meio de pesquisa qualitativa, procurando compreender quais os motivos que levaram as acadêmicas a ter esta preferência, assim como se deu o processo de decisão pela via de parto entre as acadêmicas que já tinham filhos. De maneira geral as acadêmicas preferem este tipo de parto por falta de informações sobre benefícios e malefícios, pelo medo da dor do parto normal e ainda pela praticidade. As influências estão diretamente ligadas a falta de informação e a dissuasão dos médicos obstetras, as experiências de parentes e outras mulheres próximas. Observou-se que há uma necessidade de ampliar os direitos reprodutivos para tornar a assistência ao parto menos medicalizada, mais segura, livre de violências, e mais prazerosa para as mulheres.