Resumo:
Busca-se analisar como se dá a assistência pré-natal às usuárias de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da região metropolitana do sul do Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o intuito de averiguar a existência de processos biopolíticos de controle sobre os corpos femininos, no que tange à saúde sexual e reprodutiva dessas mulheres. Também, pretende-se contemplar as representações subjetivas dessas mulheres acerca do processo de gestar e das relações que se dão nessa assistência. O intuito é identificar, a partir da análise do relato das mulheres gestantes durante a assistência pré-natal, a existência de uma possível relação interseccional, por meio dos marcadores sociais especificados (gênero, classe, idade, raça), que possam acionar dispositivos específicos de controle sobre o corpo. Assim, esse projeto visa a compreender como se dá o controle sobre os corpos femininos no período gestacional, utilizando-se como subsídio as literaturas existentes acerca da temática, bem como o próprio relato das mulheres que serão entrevistadas, assim como por meio da observação participante na dinâmica da UBS definida como campo de pesquisa.