Resumo:
Apesar de possuírem estruturas menores e menos profissionalizadas do que as grandes organizações, as PMEs oriundas de países emergentes buscam o crescimento no mercado internacional e, por muitas vezes, acabam focando seus esforços na internacionalização em países desenvolvidos e sendo confrontados por riscos econômicos, políticos, institucionais, sociais, naturais, de produto, comerciais e de recursos com diferentes intensidades e impactos. A gestão destes riscos é discutida no presente estudo baseando-se em casos múltiplos, onde são analisadas seis empresas que possuem produtos e serviços de maior complexidade e são originárias do Sul do Brasil. Como resultado da presente pesquisa foi compreendido que as PMEs de países emergentes não apresentam metodologias diretas na gestão de riscos e se apoiam na experiência de seus gestores, mas também foram detectadas boas práticas de mitigação como: não realizar grandes investimentos, empregar um padrão de qualidade superior nesses mercados, crescer de forma gradativa na distribuição, conhecer bem o mercado e participar de forma intensa em eventos no país desenvolvido. Foram também evidenciadas lacunas na literatura, assim como carências na gestão das firmas na identificação e ação sobre riscos de parcerias e comunicação. No final é apresentado um framework que simplifica a visão de riscos nas PMEs e permite que a administração quanto a esses impasses exija menos energia durante a sua internacionalização e considere os fatores mais relevantes neste movimento.