Resumo |
Casos de câncer de pele crescentes, golpe, cãibras e síncopes de calor e esforço físico acentuado são alguns dos agravantes que fortalecem a necessidade do conhecimento e gestão da sobrecarga térmica a que os trabalhadores agrícolas estão expostos. O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) e o Índice de Estresse Térmico são algumas das medições que podem indicar a nocividade do ambiente no qual o trabalhador está inserido. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a sobrecarga térmica de agricultores da fumicultura no sul do Rio Grande do Sul e sugerir medidas de minimização da exposição à níveis que não representem potenciais danos à saúde humana. Foram adotadas 5 etapas para o atendimento do objetivo geral: identificação da distribuição horária das atividades por cenário; mapeamento do layout do cenário sem exposição solar direta; medição dos parâmetros de avaliação da exposição ao calor; e definição de oportunidades de melhoria para minimização da exposição ao calor. Os resultados obtidos evidenciam que apesar das medidas proativas dos trabalhados na distribuição horária, de modo a minimizar a exposição ao calor, todos os ambientes de trabalho, com ou sem exposição solar direta, são considerados nocivos a saúde dos trabalhadores, comparados os valores a NHO 06. Conclui-se que seja necessário a implantação de Programa de Aclimatação e Programa de Gerenciamento de Sobrecarga Térmica para os trabalhadores do cultivo de fumo devidamente elaborados, implantados e mantidos por profissionais da área de saúde e segurança do trabalho; |