Resumo:
Nesta dissertação, buscamos refletir sobre atividades de língua portuguesa escrita para crianças surdas, matriculadas em uma turma multisseriada de 2° e 3° anos do Ensino Fundamental, de uma escola pública, localizada na região metropolitana de Porto Alegre/RS. Nesta direção, pretendemos verificar propostas de atividades de língua portuguesa escrita para surdos, utilizadas em sala de aula, refletir sobre os aspectos da língua portuguesa escrita evidenciados nessas atividades e analisar como tais propostas atendem à especificidade surda, visando à aprendizagem significativa da língua escrita. Para o alcance dos objetivos indicados, a partir das reflexões de autores como Quadros (1997), Karnopp (2012), Gesueli (2012), Giordani (2012), Quadros e Schmiedt (2006), Fernandes (2006, 2013), Pereira et al. (2011), Lacerda (2015) e Lebedeff ( 2017), foram consideradas observações de aulas registradas em vídeo, fotografias e relatórios dessas aulas durante o ano de 2014. Entre as constatações do estudo, trazemos o fato de que as práticas de ensino de língua escrita observadas neste contexto se voltam ao uso e à ampliação do vocabulário, à ortografia da língua portuguesa e à produção de frases, com base no vocabulário trabalhado. Tendo em vista a especificidade desta realidade escolar, entendemos que mais pesquisas são necessárias para o ensino e a aprendizagem de línguas voltadas às singularidades dos alunos, dos docentes e das instituições que atuam em tal escolarização.