Resumo:
Esta pesquisa, situada dentro da grande área da Linguística Aplicada, visa investigar o que as narrativas de professores revelam sobre o seu agir docente. Suportada pelo arcabouço teórico sociocultural (VYGOTSKY 1984, 2007, 2014) e demais autores que sintonizam nessa linha filosófica (LANTOLF, 2000; SWAIN, 2000; FREIRE, 1989, 2001,2008, 2017; BAKHTIN, 2012; NORTON, 1995, 2002, 2006, 2010, 2017; VIEIRA-ABRAHÃO, 2012; PIROVANO, 2006; BARCELOS, 2011; SCHLATTER 2009; LIMA E PIRES, 2014; entre outros), desenvolveu um percurso no qual questões como letramento, identidades, crenças, formação de professores – a partir dos autores que mencionamos – foram tecidas. Esta pesquisa foi desenvolvida dentro dos parâmetros da pesquisa qualitativa narrativa (CLANDININ; CONELLY, 2000; PINHO; LIMA, 2015) e propôs-se, a partir das perguntas norteadoras, ilustrar as questões evidenciadas durante o trajeto investigativo. Os instrumentos de análise propostos foram: entrevistas narrativas, visitas in loco e diário de campo. Visualizar as diferenças entre as abordagens de L2 demonstradas pelas docentes visitadas foi fundamental para percebermos, por exemplo, que mesmo estando situados numa era pós-estruturalista (NORTON, 2016), as abordagens desenvolvidas demonstraram traços fortes do método estrutural ainda como premissa fundamental orientando as práticas pedagógicas desenvolvidas. Também foi possível analisarmos movimentos identitários e a presença das crenças no ambiente de ensino-aprendizagem, colaborando e influenciando a construção das propostas pedagógicas que presenciamos.