Resumo |
O processo construtivo em alvenaria estrutural vem se consolidando como um sistema construtivo viável, moderno e econômico, é caracterizado pela utilização de peças industrializadas de dimensões e peso que as fazem manuseáveis, ligadas por argamassa, tornando o conjunto monolítico. Tem a finalidade de resistir ao carregamento da edificação, tendo as paredes função resistente. Uma das principais vantagens da alvenaria estrutural é o fato de ser considerada extremamente resistente ao fogo. Contudo, conforme as principais normas nacionais e estrangeiras, para determinação da resistência ao fogo, na realização do ensaio no caso de uma parede de alvenaria, são consideradas três níveis de segurança: adequação estrutural, estanqueidade e isolamento térmico. Estas normas estabelecem a ação térmica padrão a que os elementos que se deseja testar devem ser submetidos durante a realização dos ensaios. Comprovadamente, estas referenciam a necessidade de resistência ao fogo dos materiais constituintes do sistema, no entanto, não indicam a eficiência ao objetivo proposto: confinar o fogo em seu compartimento de origem ou retardar sua propagação. Cabe, portanto, analisar a eficiência delas através do uso de estudos de casos, contexto no qual se enquadra o presente trabalho, que tem por objetivo a análise sob a ótica da dinâmica de propagação do fogo, simulando uma situação real de incêndio, para avaliar a eficiência térmica e a resistência mecânica dos componentes dos sistemas de compartimentação verticais estruturais. Para tanto, realizaram-se ensaios com mini paredes, com diferentes composições, a saber: com blocos cerâmicos, blocos em concreto e tijolo maciço, alternados entre a presença de revestimento e preenchimento e utilizando-se termopares e fotografia. Para as coletas de registros das leituras de cargas e leitura dos termopares, foram utilizados sistemas e monitoramento via softwares específicos ligados a um computador, permitindo, assim, o acompanhamento da evolução da carga e das temperaturas. Os resultados obtidos confirmam que as mini paredes são resistentes à exposição a altas temperaturas, podendo ser consideradas como superiores a quatro horas. Observou-se, ainda, que os elementos ensaiados mantiveram sua integridade, não apresentando ruptura.; |