Resumo:
Os trabalhadores de enfermagem em um hospital, todo o tempo, estão expostos a riscos variados que podem comprometer a sua saúde de um modo geral. Desta forma, esses trabalhadores correm o risco de desenvolver doenças ocupacionais, bem como estão sujeitos ao aparecimento ou aumento do absenteísmo e acidentes de trabalho ao realizarem suas atividades laborais. Objetivo: Avaliar a frequência e motivos de absenteísmo dos trabalhadores da Equipe de Enfermagem de um hospital filantrópico de médio porte, localizado no litoral norte do Rio Grande do Sul. Método: estudo transversal. Foram analisadas 149 fichas dos trabalhadores, considerando dados como idade, sexo, tempo de serviço, unidade de trabalho, atestados médicos e absenteísmo. Resultados: foram levantados e observados 395 atestados no registro de 145 trabalhadores de enfermagem, a maioria era mulheres (83,4%). A categoria dos técnicos de enfermagem representa 73,1%, demais eram enfermeiros (16,6%) e auxiliares de enfermagem (10,3%). Mais de 60% dos trabalhadores apresentou pelo menos um afastamento durante o período levantado (dois anos). Os auxiliares e técnicos de enfermagem se afastaram mais do que os enfermeiros no período estudado (89,8%; 90,4% e 77,8% respectivamente) p >0,05. A unidade de internação apresenta 37,1% e a emergência 32,9%. Cerca de metade dos atestados teve duração de um dia (47,5%) e em 8,8% a duração foi superior a duas semanas. Em 341 afastamentos, apenas 29,3% (n=100 afastamentos) tinham informação do motivo (CID 10). Conclusão: foi elaborado um programa educativo de saúde do trabalhador que irá ajudar a identificar riscos e sinais que possam agravar a saúde dos trabalhadores no seu ambiente de trabalho e melhorando a qualidade da assistência de enfermagem.