Resumo:
Diante da importância do investimento para o crescimento da Economia e de sua frequente presença na vida dos agentes econômicos, diversas concepções teóricas dedicam-se ao entendimento da tomada de decisão. Contudo, não há uma conformidade sobre as explicações dos modelos de investimento e do real processo decisório, assim como não há no tocante ao postulado de racionalidade empregado. O objetivo deste estudo é identificar qual ou quais percepções de racionalidade respaldam a teoria de investimento de Fisher, de Keynes, das teorias derivadas do modelo keynesiano (Pós-keynesiana, Neokeynesiana e Nova Economia Keynesiana), de Kalecki e nas Finanças Comportamentais. Para tanto, há uma discussão crítica sobre a compreensão de investimento ao longo da história econômica, apreciando exclusivamente os conteúdos pertinentes a racionalidade. Um dos principais resultados deste estudo foi a constatação de que as teorias que rejeitam a concepção de um ser completamente racional não adotam a ideia um indivíduo inteiramente irracional; a sua discordância é relativa ao grau de racionalidade empregado nos modelos.