Resumo:
A presente dissertação está inserida na linha de pesquisa Mídias e Processos Audiovisuais e tem como objetivo geral discutir a presença sonora a partir do uso de sons acusmáticos no cinema. Nossa argumentação é erigida em consonância com a necessidade de problematizar o som como um elemento expressivo na experiência sensorial do universo das imagens cinematográficas, tendo como horizonte a contribuição estética que as sonoridades técnicas ofertam ao cinema moderno. Para tanto, a fundamentação teórica é construída principalmente com base nos conceitos propostos por Gilles Deleuze, Walter Benjamin, Hans Ulrich Gumbrecht, Didi-Huberman e Michel Chion. No sentido de alcançar nossos objetivos, utiliza-se uma metodologia própria construída qualitativamente com ênfase nos métodos: Intuitivo, scanning, cartografia e na desconexão inspirada em Michel Chion, pelos quais tratamos de autenticar as atualizações da presença sonora – a dimensão da escuta e a presença sonora como potência de atualização dos corpos - na obra A Mulher Sem Piano (2009), filme dirigido por Javier Rebollo que representa a estética emergente do “novo cinema espanhol”.