Resumo:
Atualmente os serviços de urgência e emergência se caracterizam como uma das principais portas de entrada do usuário aos serviços de saúde. Estes convivem diariamente com a superlotação que é agravada por problemas organizacionais, como o atendimento por ordem de chegada, sem estabelecimento de critérios clínicos ou padronizados. Diante desse cenário o Ministério da Saúde implantou a classificação de risco como uma medida para organização da demanda e humanização do atendimento, no intuito de minimizar o risco para os pacientes que esperam por atendimento médico. O enfermeiro tem sido apontado como o profissional mais capacitado para realizar a classificação de risco, sendo legalmente amparado por um protocolo para subsidiar a tomada de decisão. O objetivo deste estudo foi definir qual o melhor protocolo de classificação de risco, empregado no Brasil, para implantação no serviço de emergência do Hospital Thomas Martins. É um estudo do tipo intervenção, desenvolvido na emergência do Hospital Thomas Martins, localizado no munícipio de Santa Inês, Maranhão. A coleta de informações deu-se com a elaboração do diagnóstico situacional, avaliação e reorganização dos fluxos internos e externos, realizado por um grupo de trabalho constituído por oito profissionais do serviço, redesenho e mapeamento do fluxo de atendimento, análise documental de 170 boletins de atendimento e definição do protocolo de classificação de risco que melhor se adapte a necessidade local. Após a análise pelo grupo e coordenação foi escolhido o protocolo de classificação de risco do Hospital Municipal Odilon Behrens (HOB). Também foi sugerido uma proposta para avaliação da gravidade dos pacientes na emergência, através do Escore de Alerta Precoce, bem como um treinamento para os enfermeiros do protocolo escolhido.