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“Eu não sou essa escrita aí e, ao mesmo tempo, essa escrita é minha!”: por uma problematização enunciativa benvenistiana para o ensino de escrita

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Autor Stein, Jorama de Quadros;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/7527506706635979;
Orientador Kersch, Dorotea Frank;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/4951080302973564;
Co-orientador Flores, Valdir do Nascimento;
Lattes do co-orientador http://lattes.cnpq.br/8959064517534406;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola da Indústria Criativa;
Idioma pt_BR;
Título “Eu não sou essa escrita aí e, ao mesmo tempo, essa escrita é minha!”: por uma problematização enunciativa benvenistiana para o ensino de escrita;
Resumo Esta tese tem como objetivo geral propor uma noção de escrita a partir das formulações de Benveniste, que contribua para uma re-significação do ensino de escrita no contexto acadêmico. Do ponto de vista teórico, i) interrogo-me para relatar e ii) interrogo-me para derivar. Para o primeiro, interrogada pela demanda do ensino de escrita, produzo um relato de experiência a partir das aulas observadas em uma disciplina de produção textual de uma universidade privada do sul do Brasil, de duas versões de texto produzidas por dois alunos e da interlocução que tive com eles. Para o segundo, a partir do estudo da tríade conceitual intersubjetividade, referência e sentido, articulada à teoria geral da linguagem de Benveniste, desdobro o curso sobre escrita da obra Últimas Aulas e dele derivo princípios para uma noção de escrita. Do ponto de vista analítico, tendo como categoria de análise a referência sobre escrita, i) interrogo (-me) para problematizar e ii) interrogo para propor. No primeiro momento, seleciono passagens do relato produzido em que é possível identificar a constituição de uma noção de escrita e as problematizo, verificando em que medida cada uma das noções apresentadas articula-se com os princípios sobre escrita derivados da última obra de Benveniste. No segundo momento, a partir de um panorama da análise, proponho uma noção de escrita para o ensino na universidade. Na problematização do relato, a escrita é abordada como gramática, como processo, como elaboração, como desafio e como experiência. Ela ainda, entre outras questões, supõe interlocução. Essa construção, aliada à noção de escrita em Benveniste, inaugura uma necessidade de mobilização da escrita, a qual só pode ser promovida por um laço entre professor-revisor e aluno-scriptor no processo de escrita, possibilitando que o aluno seja protagonista de uma enunciação em um sistema que não se reduz à língua nem é mera representação da fala, mas que convoca uma experiência de enlace na e pela linguagem a fim de que se efetive uma escrita que sirva para viver.;
Abstract Cette thèse a pour objectif général de proposer une notion d’écriture à partir des formulations de Benveniste, qui contribue à une re-signification de l’enseignement d’écriture dans le cadre académique. Du point de vue théorique, i) je m’interroge pour faire le récit et ii) je m’interroge pour dériver. Pour le premier, interrogée par la demande de l’enseignement d’écriture, je produis un récit d’expérience à partir des classes observées dans un cours de production textuelle à une université privée du sud du Brésil, de deux versions de texte produites par deux étudiants et de l’interlocution que j’ai eue avec eux. Pour le second, à partir de l’étude de la triade conceptuelle intersubjetivité, référence et sens, articulée à la théorie générale du langage de Benveniste, je détaille le cours sur l’écriture de l’oeuvre Dernières Leçons et j’en dérive les principes pour une notion d’écriture. Du point de vue analytique, en ayant par catégorie d’analyse la référence sur l’écriture, i) je (m’) interroge pour problematiser et ii) j’interroge pour proposer. D’abord, je sélectionne des passages du récit produit où il est possible d’identifier la constitution d’une notion d’écriture et je les problématise en vérifiant dans quelle mesure chacune des notions présentées s’articule avec les principes sur l’écriture qui derivent de l’oeuvre de Benveniste. Ensuite, à partir d’un panorama de l’analyse, je propose une notion d’écriture pour l’enseignement à l’université. Dans la problématisation du récit, l’écriture est abordée comme grammaire, comme processus, comme élaboration, comme défis et comme expérience. Elle encore, parmi d’autres questions, suppose une interlocution. Cette construction, alliée à la notion d’écriture en Benveniste, crée un besoin de mobilisation d’écriture, qui ne peut être nourrie que par un lien entre le professeur-reviseur et l’étudiant-scripteur dans le processus d’écriture, en favorisant que l’étudiant soit le protagoniste d’une énonciation dans un système qui ne se limite pas à la langue ni est qu’une simple représentation de la parole, mais qui convoque une expérience de lien dans et par le langage à fin qui s’établisse une écriture qui sert à vivre.;
Palavras-chave Escrita; Enunciação; Experiência humana; Ensino; Écriture; Énonciation; Expérience humaine; Enseignement;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::Lingüística;
Tipo Tese;
Data de defesa 2016-03-29;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5274;
Programa Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada;


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