Resumo:
Esta dissertação é composta por dois artigos, um de revisão sistemática e um empírico. No primeiro artigo, o objetivo foi realizar uma revisão sistemática da literatura que investigou a percepção da doença cardíaca a partir do Modelo Teórico do Senso Comum (MSC). Dezesseis estudos corresponderam aos critérios de busca. Os resultados mostraram que as percepções e/ou crenças do paciente a respeito da doença cardíaca exercem um papel importante nas medidas de enfrentamento. Pode-se concluir que, em geral, a maioria dos estudos mostrou que a percepção da doença cardíaca é associada a consequências graves à vida do paciente com causas atribuídas a fatores independentes dos comportamentos do indivíduo (causas psicológicas, hereditariedade, vírus, má sorte etc.). Além disso, os resultados indicaram que a maior parte dos pacientes cardíacos atribui maior peso ao tratamento para o controle da doença do que ao seu controle pessoal. No segundo artigo, o objetivo foi avaliar a percepção da doença em indivíduos cardíacos e sua relação com a percepção das sete dimensões do Modelo de Senso Comum (MSC) identificadas na comunicação do seu diagnóstico. Foram utilizados os instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Revised Illness Perception Questionnaire (IPQ-R) e Questionário das Percepções das Informações Fornecidas no Diagnóstico. Os resultados mostraram que as percepções sobre a doença do paciente cardíaco não se relacionaram com as informações transmitidas pelo médico no momento da comunicação do diagnóstico.