Resumo:
Este estudo analisa se os eventos de multiletramentos caracterizados interativos, colaborativos, mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas) (ROJO, 2012) podem minorar dificuldades de ler e escrever, buscando na tecnologia uma aliada. Assim sendo, discutiu-se o conceito de letramento e sua extensão. O objetivo mais amplo foi compreender e analisar como os alunos graduandos do Curso de Filosofia a distância da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) foram se apropriando da tecnologia e das linguagens. Os multiletramentos focam a multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica de constituição dos textos por meio dos quais ela se informa e comunica (ROJO, 2012). Ao abordá-los, verificou-se como estes ocorrem e se desenvolvem com um grupo de alunos, como constituem e/ou ampliam seus repertórios (linguísticos e filosóficos) pela participação nestes eventos. Nesse sentido, discutiram-se questões filosóficas através da música, as quais possibilitaram múltiplas manifestações e linguagens (poética, musical, imagética, teatral) observadas, também, a partir da performance discursiva e retórica dos alunos, mesmo em ambientes e condições desfavoráveis para estudo. Os principais autores, nos quais se baseia a fundamentação teórica do trabalho são Rojo (2012), Kleiman (2009) e Street (2014). A metodologia adotada neste trabalho respaldou-se em uma abordagem qualitativa, interpretativa e de caráter exploratório. Este procedimento permitiu averiguar o desenvolvimento das ações dos alunos revelando fluência na escrita e contextualização do conhecimento teórico-filosófico com a realidade, a apreensão de novos termos e desenvolvimento da linguagem para mudança de atitude frente à tecnologia.