Resumo:
A partir da década de 1990, houve uma proliferação de Acordos Preferenciais de Comércio (APC) ao redor do mundo. Dentro deste cenário de mudança do comércio mundial, a América Latina foi um importante ator na criação de novos acordos. Entretanto, devido a histórica instabilidade política e econômica da região, nunca houve uma integração de fato, devido principalmente ao caráter protecionista dos países. Nesse sentido, a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Peru e México) vem com uma proposta de integração econômica diferente, com objetivo de unir suas economias ainda mais e estar aberta às negociações comerciais com terceiros países. O objetivo deste estudo é estimar o comércio bilateral potencial entre os países membros da Aliança do Pacífico, através do modelo gravitacional de comércio por meio de dados em painel com efeitos fixos para o ano de 2013, com uma amostra de 98 países. Os resultados mostraram que o comércio estimado para o ano de 2013 ficou apenas 1% abaixo do comércio efetivo, o equivalente a US$ 240,6 milhões. A análise por par de países mostrou que o mais beneficiado com a criação da AP seria o México, expandindo consideravelmente suas importações e exportações.