Resumo:
Este estudo tem como objetivo investigar, sob o enfoque da Linguística Aplicada e da teoria das representações sociais, as representações de egressas do Curso de Pedagogia da UEMA sobre si mesmas como pedagogas alfabetizadoras e sobre seu processo de formação, o que implica a construção de suas identidades. A metodologia adotada é pautada na abordagem qualitativa de pesquisa, utilizando como técnica de pesquisa a entrevista semiestruturada realizada com as colaboradoras alfabetizadoras, com destaque para o processo formativo inicial e a experiência profissional como pedagoga alfabetizadora. A fundamentação teórica está respaldada no pensamento dos seguintes autores: formação do pedagogo Pimenta (1996, 2006), Farias (2011), Demo (2001), Freire (1996), Libâneo (2001, 2006); representação social Moscovici (2007), Jodelet (1989), Guareshi (2012), Dotta (2006); linguística aplicada e identidade Moita Lopes (2009), Rajagopalan (2003) e Hall (2013); interacionismo Bronckart (2006, 2008 2012), Bakhtin (1981, 1992, 1998, 2003), Vygotsky (2008). Na análise dos dados, construímos três categorias, a saber: o perfil das pedagogas alfabetizadoras, as representações das pedagogas sobre sua formação como alfabetizadora e a construção da identidade de alfabetizadora. Os resultados de pesquisa revelam uma representação contraditória de si como docente: ora aponta para uma idealização do ser e do agir docente; ora, para uma incompletude, uma incapacidade diante das dificuldades surgidas no processo ensino aprendizagem. A identidade profissional das pedagogas, consequentemente, são contraditórias e estão em constante fluxo.