Resumo:
A aplicação de incentivos monetários e não monetários a executivos, com objetivo de obter uma performance empresarial, de curto ou longo prazo, constitui um dos mecanismos de governança corporativa para alinhamento entre os interesses do acionista majoritário e proprietário (principal) e executivos (agentes). Como ajustador deste alinhamento o papel do Conselho de Administração, bem como dos comitês de apoio como de riscos e de remuneração, são fundamentais. Dependendo do ajuste do sistema, poderá haver uma exposição ao risco estratégico em maior ou menor grau. No Brasil, conforme percepção de conselheiros de administração, este mecanismo não é regulado com objetivo de regular a exposição ao risco estratégico e as políticas de incentivo são alinhadas, em geral, no curto prazo, conforme a performance desejada, levando a custos de controle e monitoramento. Além disto, algumas peculiaridades brasileiras leva a necessidade de modelos de incentivo adequados ao Brasil, sendo, os componentes de incentivo usuais na Europa e Estados Unidos, em alguns casos, conflitantes com a legislação trabalhista e fiscal brasileira.