Resumo:
A transição da produção em massa para a produção flexível é considerada a primeira e mais abrangente tendência de evolução organizacional. As estruturas hierárquicas e burocráticas dissiparam-se, sendo substituídas por novas formas, passando a abarcar, também, relações entre departamentos e interfirmas. Este fenômeno é considerado uma resposta estratégica das organizações às pressões e turbulências ambientais, que as impulsionaram a delegar e a desagregar suas funções a outros especialistas, por meio do estabelecimento de relações interfirmas. Além disso, estudos teóricos sugeriram a obtenção de desempenho de marketing e organizacional superior a partir do estabelecimento dessas relações. Nesse contexto, este estudo investigou o impacto das relações interfirmas no desempenho de marketing e organizacional, por meio de uma survey realizada junto a uma amostra de 464 organizações. Uma escala para a mensuração da frequência do estabelecimento de relações interfirmas foi criada e validada. A mensuração desse construto foi posteriormente comparada ao desempenho de marketing e organizacional, os quais também foram medidos a partir de escalas existentes em estudos prévios, as quais foram traduzidas e validadas. Como principais achados da pesquisa, destaca-se a sustentação aos pressupostos teóricos mencionados na literatura do campo acerca do desempenho de marketing e organizacional, a identificação das atividades de marketing que interferem na relação da estrutura de marketing com o desempenho de marketing e organizacional e as atividades de marketing mais frequentemente realizadas a partir de relações interfirmas.