Resumo:
O uso de plantas com potencial inseticida vem sendo cada vez mais freqüente uma vez que, medidas de controle que causem menor impacto são de primordial importância no controle de Spodoptera frugiperda, uma Lepidóptera conhecida como Lagarta-do-cartucho-do-milho e principal praga das agriculturas de milho e arroz, não somente pelos danos causados nas lavouras, mas como também pela dificuldade do seu controle, podendo levar a lavoura a uma grande perda de produtividade. As plantas inseticidas vêm estimulando o ressurgimento de extratos vegetais para o controle destes insetos e sendo empregadas por possuir vantagens quando comparados aos produtos químicos, uma vez que, são facilmente biodegradáveis e podem contribuir na produção de inseticidas botânicos. Ao contrário da utilização em lavoura de pesticidas químicos sintéticos não seletivos, este trabalho tem como principal objetivo testar o potencial das toxinas ativas das folhas de 9 plantas medicinais (Aloe sp., Mikania sp., Casearia sylvestris, Syzygium cumini, Plectranthus neochilus, Jodina rombipholia, Piper umbellatum, Artemisia camphorata e Phyllanthus niruri. Os extratos foram obtidos por meio de extração convencional utilizando como solventes: água fria, água quente por decocção e etanol 70%, todos em temperatura ambiente, e extração com fluido supercrítico com dióxido de carbono a temperatura de 40° C e pressão a 100, 150 e 250 bar. O material vegetal foi coletado em São Leopoldo/RS, de Latitude: 29° 45' 39" Leste; Longitude: 51° 08' 50" Oeste, dentro do ciclo vegetativo e os experimentos foram realizados no Laboratório de Microbiologia e Toxicologia da Unisinos. Os bioensaios foram realizados utilizando lagartas de segundo ínstar colocadas sobre dieta artificial de Poitout, sendo 15 indivíduos por tratamento e um controle com água e outro com o solvente utilizado. Os resultados de mostraram significativos para Jodina rhombifoli que apresentou 31% de mortalidade corrigida com solvente etanol 70%. Nos extratos supercríticos os resultados se mostraram significativos para 250 bar, atingindo 97% de MC (CL50 0.00472). Os resultados dos extratos fracionados sugerem que a eficiência de J. rhombifolia para o controle de S. frugiperda esta relacionado ao efeito de sinergismo, sendo assim eficiente para o controle da praga alvo.