Resumo:
OBJETIVO: identificar e analisar as melhores evidências cientifica como suporte teórico para a elaboração de um protocolo assistencial para o manejo da dor de pacientes adultos cirúrgicos. METODOLOGIA: trata-se de estudo exploratório, realizado em bases de dados através dos descritores obtidos no MeSH/Decs: Acute pain; chronic pain; General surgery; Analgesics; Clinical protocols; Practice guideline; Pain measurement; Pain; Post-Surgery; Post-Operative. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, LILACS e COCHRANE, utilizando-se o método PICO, compreendendo artigos escritos em inglês ou português, a partir de 2001 e classificados conforme o sistema de classificação de Nível de Evidência do Oxford Center for Evidence Based Medicine e o grau de recomendação e o nível de evidência no enfoque tratamento, prevenção, etiologia e diagnóstico, do Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation ? GRADE. Todos os direitos autorais foram preservados. RESULTADOS: dos 424 artigos encontrados, 29 foram selecionados. Identificaram-se evidências quanto à classificação da intensidade da dor conforme o tipo de cirurgia, os instrumentos para sua avaliação e os principais agentes farmacológicos para o seu manejo. Os resultados mostraram que a maioria dos artigos são do Brasil e Estados Unidos, sendo a maior produção em 2013 (8 artigos), 2009 (5 artigos) e 2010 (4 artigos). As melhores evidências encontradas foram 16 ensaios clínicos randomizado e seis revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizado. A escala de mensuração da dor mais utilizada é a Escala Visual Analógica. Deve ser classificada conforme sua intensidade e seu manejo deve ser adequado de acordo com a potência do analgésico prescrito. CONCLUSÃO: os estudos identificaram inúmeras fragilidades, não existindo um planejamento farmacológico adequado ao paciente cirúrgico. A criação deste protocolo propiciou um caminho seguro e uma base científica de qualidade para o manejo da dor e vêm ao encontro das diretrizes estabelecidas pela Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública, e a Sociedade Americana da Dor.