Resumo:
Esta dissertação objetiva analisar comparativamente a evolução dos fluxos de investimento externo direto na economia mundial e brasileira no período entre 1994 e 2011. A metodologia é baseada na estatística descritiva utilizando a correlação de Pearson e dados secundários relacionados com os fluxos de investimento externo direto, estoque, além da origem dos investimentos (países) e discriminação das atividades receptoras de investimento. Examinaram-se inicialmente os fluxos mundiais e constatou-se que os mesmos têm aumentando, atingindo US$ 1,5 trilhões em 2011. Os fluxos também têm se direcionado para os países em desenvolvimento que apresentaram aumento de 12% em 2011 com relação ao ano anterior. Com relação à origem dos investimentos diretos externos, os países que mais investiram no mundo foram por região, Portugal, Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia. As atividades da economia que mais receberam investimento externo direto mundial, foram indústria e serviços, com destaque para a indústria química e serviços de utilidade pública. No caso brasileiro, os países que mais investiram foram os Países Baixos, seguido dos EUA e Espanha. Nas atividades econômicas, o Brasil recebeu maiores investimentos no setor de serviços em 2011, com destaque para os serviços financeiros. O impacto na balança comercial e emprego foram positivos, todavia, com taxas de crescimento bem distintas. No caso do investimento brasileiro no exterior, os fluxos se direcionaram em sua maioria para os Países Baixos, e as atividades econômicas mais investidas no mundo pelas multinacionais brasileiras foram petróleo e gás natural e extração de minerais metálicos, metalúrgica e serviços financeiros. Com a análise da correlação entre os fluxos de investimento direto e o PIB, taxa de câmbio, taxa de inflação, taxa de juros e taxa de desemprego, concluiu-se que o produto interno bruto está positivamente relacionado com os fluxos de investimento direto com intensidade alta; a relação com a taxa de câmbio se mostrou positiva em alguns anos e negativa em outros; a taxa de inflação, a taxa de juros e a taxa de desemprego se mostraram negativamente relacionadas com os fluxos, confirmando a teoria.