Resumo:
O tema Governança Corporativa tem sido objeto de constantes pesquisas no meio acadêmico e profissional. A GC pode ser definida como um sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre seus proprietários, Conselho de Administração, Diretoria, órgãos de controle e demais stakeholders. Uma boa GC é tida como importante ferramenta para o acesso das empresas ao mercado de capitais. Partindo destes pressupostos e do interesse objetivo deste pesquisador pelo setor de construção civil no mercado brasileiro, esta dissertação buscou analisar o grau de evolução da Governança Corporativa das empresas brasileiras de capital aberto deste setor, listadas na BM&FBovespa. A presente pesquisa foi de caráter descritivo. Buscou-se analisar variáveis indicadoras do nível de governança consagradas na literatura. Foram analisados: o grau de independência dos conselheiros (INDEP); a segregação ou não de funções entre a Presidência Executiva e a Presidência ou participação no Conselho de Administração (SC); o número total de membros do Conselho (TOT); o percentual de ações em circulação (FREE FLOAT); e a adesão ou não das empresas a algum nível diferenciado de governança na BM&FBovespa. Os resultados apontaram situações diversas. Quase a totalidade das empresas pertence a segmento diferenciado de governança; por outro lado, na maioria das empresas o presidente executivo também faz parte do Conselho de Administração. Por fim, buscou-se verificar como as cinco variáveis estudadas influenciavam o nível de rentabilidades das ações das empresas e o ROE das mesmas. Os resultados não foram conclusivos neste sentido, com uma única variável significativa, INDEP, porém, esta se apresentou com sinal inverso ao esperado.