Resumo |
A urbanização e o aumento no uso de meios de transporte para a locomoção, aliados ao rápido desenvolvimento técnológico, tem contribuído para um comportamento sedentário da população. Tal condição aumenta o risco de ocorrência de algumas doenças crônicas não transmssíveis (DCNT), tais como diabetes, obesidade e hipertensão, impactando na carga de morbi-mortalidade da população. O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de inatividade física e identificar fatores associados em adultos, de ambos os sexos, com idade de 20 anos ou mais, do município de São Leopoldo, RS. Realizou-se um estudo transversal, de base populacional, com 1.100 indivíduos. O desfecho inatividade física foi avaliado por meio da versão curta do International Physical Activity Questionnaire – IPAQ, um instrumento validado no Brasil. Para as variáveis independentes (demográficas, sócio-econômicas, nutricional e psicossociais), utilizou-se questionário padronizado e pré-codificado. Os resultados encontrados revelaram que aproximadamente metade da amostra estudada (48%; IC95%: 43,1%-52,9%) era fisicamente inativa. Após ajuste para fatores de confusão, as variáveis que se mantiveram associadas ao desfecho foram: escolaridade (p=0,022) e IMC (p=0,013). A variável distúrbios psiquiátricos menores apresentou uma tendência à associação (p=0,063). Dessa forma, indivíduos no quarto inferior de escolaridade (RP 1,34; IC95%: 1,04- 1,74) e com IMC ≥ 30 Kg/m² (RP 1,26; IC95%: 1,08-1,46) apresentaram maior probabilidade de serem fisicamente inativos, assim como aqueles indivíduos classificados com distúrbios psiquiátricos menores (RP 1,11; IC95%: 0,99-1,24). Estes resultados têm impacto negativo na saúde pública e apontam para a necessidade de estratégias de prevenção da inatividade física, principalmente nos grupos populacionais identificados como mais inativos, neste estudo.; |