Resumo:
Este estudo, realizado a partir da percepção da existência de um discurso favorável à legalização do uso medicinal e recreativo da Cannabis sativa, nas atividades jornalísticas e culturais, produzido em uma nova ambiência semiótica que se articula com diversos campos do saber, como os da medicina, da antropologia, do direito, da indústria, da moda e das artes; procura compreender como os
discursos antiproibicionistas foram historicamente restritos às bordas dos sistemas de comunicação, e de que modo as mobilizações discursivas que se opõem à proibição ou criminalização da Cannabis sativa, materializadas em diferentes plataformas midiáticas, constituem acontecimentos jornalísticos, que semioses acionam e que tensões de sentidos desencadeiam. Foram estudados textos
jornalísticos, letras de músicas, vídeos e fotos contendo posicionamentos antiproibicionistas, e postagens de usuários no fórum de debates Growroom, sobre a organização das “marchas da maconha” de São Paulo, em 2011.