Resumo:
As iniciativas ambientais no setor de transporte aéreo têm sido tema de debates internacionais. A máxima eficiência dos recursos ambientais deve ser buscada e, em resultado, obter lucro com a mínima liberação de poluentes. Isso significa ser ecoeficiente. Assim, o objetivo desta dissertação é determinar a eficiência técnica ambiental das empresas aéreas brasileiras. A metodologia utilizada foi a Análise Envoltória de Dados (DEA), com base no modelo CCR, e orientada a insumo. As variáveis utilizadas no estudo como insumos são: frota, número de funcionários de voo, número de funcionários terra e consumo de combustível em litros. Como produtos são utilizados passageiros vezes quilômetro pago transportado, tonelada vezes quilômetro utilizada paga e número de horas em terra. Foram propostos dois modelos para a análise dos dados, o de transporte de passageiros e o de carga. Foi possível identificar a eficiência relativa de cada organização e, após isso, verificar o percentual de melhoria dos insumos das unidades ineficientes, quando o objetivo é que estas se projetem na fronteira de eficiência. A partir da aplicação DEA e com base no consumo de combustível em litros, pôde-se estimar, além das quantidades totais de emissões de CO2 das empresas, o quanto é possível minimizá-los de forma relativa às unidades eficientes. Concluiu-se com os resultados que, entre as empresas que prestam serviço de transporte de passageiros, as mais eficientes são as que proporcionam voos de maiores distâncias e obtêm maior participação de mercado. Entre elas estão a Azul, a Tam, a Webjet e a Gol/Vrg. Em relação às empresas que prestam serviço de transporte de carga, são eficientes a Absa e a Master Top. Quanto às emissões de CO2 a quantidade estimada com relação às atividades de voo das empresas no ano de 2010 é de 10.991 GgCO2. As empresas do transporte de carga são responsáveis por 365,70 GgCO2. E do transporte de passageiros 10625,62 GgCO2. É possível a redução de 226 GgCO2, o que representa uma redução de 2,05% do total de emissões das empresas. Para o transporte de carga, é possível a minimização de 60,62 GgCO2, representando redução de 0,55% do total de emissões das empresas.