Resumo:
O acesso desigual à água potável no mundo, a distribuição desigual da disponibilidade de água em cada região do Brasil, a escassez de água em certas áreas geográficas ou durante alguns períodos de tempo, além da falta de recursos financeiros para investimento em nos municípios são problemas que devem ser superados mediante a adoção de políticas públicas efetivas. Segundo Piterman, Carvalho e Greco (2006), o caráter social e o binômio saúde-saneamento surgiram, principalmente, a partir de demandas econômicas. As doenças não desejáveis deveriam ser suprimidas para um melhor desempenho do setor econômico, sendo este um fator preponderante para a origem das políticas públicas de implementação dos sistemas de abastecimento de água no Brasil e no mundo. A água representa um bem público, mas o serviço prestado pelos fornecedores de água para consumo humano tem um custo econômico que é transferido aos usuários em uma evidente contradição. O suprimento de água para consumo humano tem sido uma das mais importantes ações da Engenharia Sanitária, desde a sua implantação, originada e desenvolvida junto com a Revolução Industrial do século XIX. Atualmente, no contexto do saneamento, a distribuição e o controle da qualidade da água para consumo humano são atividades consideradas prioritárias. Para a garantia de fornecimento da água com qualidade à população, entretanto, não é suficiente investir apenas em tecnologias para o seu tratamento. Urgem, também, mecanismos de avaliação dos processos de produção e da qualidade da água para consumo humano.