Resumo:
Esta pesquisa analisa as crenças que alunos em formação possuem em relação ao ensino e aprendizagem de Língua Inglesa ao iniciarem o período das práticas curriculares, bem como as alterações que podem ocorrer nesse processo. O tema tem sido estudado e discutido por vários pesquisadores preocupados com as concepções que se transportam de um indivíduo a outro no processo de ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, uma vez que criamos nossas concepções na interação com o outro. Assim, crença é toda a ideia que uma pessoa toma por verdadeiro, influenciando suas ações. E a partir de princípios sociointeracionais orientados pelas proposições de Vygotsky (1998), Lantolf (2000) e Mitchell e Myles (2004), e considerações sobre crenças de Barcelos (2004 e 2007), bem como outros resultados de pesquisas nessa área (ALVAREZ, 2007; COELHO, 2006 e SILVA 2006), é que se construiu o aporte teórico que guiou este trabalho. Os dados foram levantados através de um estudo qualitativo, envolvendo questionário, observação e gravação das aulas de quatro alunos-professores, selecionados aleatoriamente, em período de estágio, e ainda foram analisados os planos de aula e relatórios. Finalmente, por meio de uma triangulação de informações foram identificadas as concepções que permaneceram iguais durante esse processo e as que sofreram algum tipo de alteração. Os resultados indicam que mesmo que os alunos entendam ou reconheçam as considerações teóricas aprendidas ao longo do curso, suas ações nem sempre as acompanham.