Resumo:
O objetivo deste estudo foi analisar se existe relação entre o nível de evidenciação de informações ambientais e a rentabilidade e valor de empresas listadas na BM&FBovespa. O embasamento teórico está centrado na teoria da legitimidade que parte do pressuposto que as empresas evidenciariam informações com objetivo de legitimar suas operações junto à sociedade, e na teoria de custos do proprietário a qual postula que evidenciar informações sobre a empresa acarretaria em custos aos proprietários. O estudo utilizou uma amostra de empresas listadas na BM&FBovespa no período de 2006 a 2012. A evidenciação de informações ambientais foi realizada por meio de indicadores de evidenciação, construído a partir da revisão da literatura. A rentabilidade é percebida pelos indicadores retorno sobre o patrimônio (ROE) e retorno sobre os ativos (ROA) e o valor pelo indicador Q de Tobin. A partir da revisão da literatura foram identificados 46 indicadores de evidenciação ambiental que foram reunidos em 5 categorias por possuírem características semelhantes. Com a definição dos indicadores e suas categorias, foram calculados os níveis de evidenciação ambientais. Posteriormente, foram realizadas regressões com dados em painel buscando responder ao problema de pesquisa. Os resultados econométricos não identificaram relação significativa entre a evidenciação de informações ambientais e a rentabilidade e o valor das empresas, com exceção da relação entre o nível de evidenciação de políticas ambientais e o ROA. Como contribuição deste estudo destaca-se a utilização de indicadores de evidenciação ambiental e a utilização do Q de Tobin, como indicador de valor.