Resumo:
Esta dissertação de Mestrado buscou estudar o tema da infidelidade conjugal sob a perspectiva psicanalítica, através de um entendimento teórico dos processos psíquicos
associados a relacionamentos amorosos nos quais ocorrem episódios de infidelidade. Com base no referencial psicanalítico contemporâneo, através das contribuições de Otto Kernberg (1995a; 1995b), Lucinda Mitchell (2000) e Lawrence Josephs (2006), buscou-se compreender a partir dos vínculos amorosos os conflitos daí derivados. Então, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa. A partir das sessões de psicoterapia breve e dos resultados do Teste das Relações Objetais (Phillipson, 2008), realizou-se uma compreensão dinâmica de dois casos clínicos. Os resultados obtidos permitiram compreender que o comportamento infiel crônico deriva de questões pré-edípicas referentes à tentativa de evitar o aprofundamento do vínculo amoroso associado à experiência de perda dos objetos parentais primitivos. Espera-se, com este trabalho, fornecer subsídios para o aprimoramento teórico conceitual das questões amorosas, bem como para o trabalho clínico em psicoterapias psicanalíticas.