Resumo:
O objetivo desta dissertação é analisar comparativamente as integrações econômicas do Mercosul e da União Monetária Europeia. A metodologia é baseada na análise de estatística descritiva, com dados secundários relacionados à taxa de crescimento, taxa de desemprego, inflação, bem como às taxas de câmbio, no intuito de avaliar o desvio e correlação dessas variáveis nas integrações. De 1999 a 2011, os resultados apontaram significativa volatilidade nas economias do Mercosul e as flutuações observadas na taxa de crescimento, no emprego, preços e taxas de câmbio são minimamente correlacionadas dentro da região do Mercosul, os níveis de correlação no período de 2000 a 2011 foram muito inferiores aos verificados na década de 90. Os resultados indicaram um grau de abertura da economia baixo na União Monetária Europeia e um pouco maior no Mercosul neste mesmo período, o que indica maiores custos em abandonar a política cambial doméstica e ingressar em uma união monetária; a diversificação setorial no ano de 2011 foi verificada tanto nas economias do Mercosul quanto na UME; e a plena mobilidade do fator trabalho ainda é uma realidade distante para as integrações econômicas diante da baixa mobilidade na União Monetária Europeia e redução do percentual de migrantes intra sul-americanos no bloco latino. O Mercosul apresentou nítidos retrocessos quanto as excessivas medidas restritivas adotadas pelos países participantes e a dificuldade em implementar a livre circulação de bens e serviços entre os países. Na UME, a rigor os critérios de convergência não tem sido sistematicamente cumpridos pelos países aderentes à unificação monetária no ano de seu ingresso e essa flexibilização no que tange a convergência monetária da integração europeia permanece no período recente, pois as economias europeias ainda não conseguiram se recuperar.