Resumo:
Esta pesquisa tem como premissa que todos os objetos engendrados em meios audiovisuais são construções; criações de uma mente que os imagina e os faz nascer a partir de um conjunto de procedimentos técnicos. Em nossa perspectiva teórico-metodológica, chamamos esses objetos de ethicidades audiovisuais. O Cinema nacional, em seu amplo território de significações, oferta uma multiplicidade de sentidos identitários, que comparecem para formar a moldura?ethicidade Cinema Brasileiro. Ao trazer filmes do cinema nacional para o campo das análises, busquei demonstrar como foram agenciados certos sentidos a partir das molduras e molduracões praticadas pelos diretores. O corpus da pesquisa é constituído por três obras contemporâneas: Amarelo Manga (Cláudio Assis/2003), Carandiru (Hector Babenco/2003), e Última Parada 174 (Bruno Barreto/2008). Estes filmes, para além de classificações, introduzem sentidos no mundo, comunicam pensamentos inseparáveis da ambiência em que são produzidos, e alimentam o imaginário através da realidade conceituada. Assumo a perspectiva de pensar estes sentidos como o próprio acontecimento cinematográfico.