Resumo:
A história de imprensa no Brasil precisa urgentemente ser reescrita, por uma perspectiva que seja endógena ao campo da comunicação. Muitas abordagens, exógenas, constituem o campo e se prestam a tentar entender o jornalismo. Acabam por se refletir na historiografia brasileira da imprensa, carregada de questões formalizadas por outros campos de conhecimento, notadamente as ciências políticas. Ou então se transformam em leituras claramente anacrônicas. Uma revisão da história da imprensa do Brasil deve passar necessariamente pela compreensão da linguagem dos periódicos, pois o passado só lega signos como portas para sua compreensão. Ao mesmo tempo em que é central para o processo historiográfico, a linguagem é definidora para a profissão de jornalista. Por isso, se por um lado a profissão demanda conhecimento profissional e teórico da linguagem, por outro o texto é marca distintiva da profissão e condição fundamental para uma visada específica da história da imprensa. O campo profissional, que não se confunde c