Resumo:
A pesquisa propõe uma história do protagonismo da Rádio Continental AM, de Porto Alegre, com olhar analítico sobre a década iniciada em 1971, período de maior realização peripecial da emissora. Metodologicamente, recursos advindos da história oral e da nova história são articulados para a constituição do corpus e da reflexividade sobre os fazeres radialísticos em repertório da Rádio. A tese, neste sentido, empreende uma particular problematização sobre o uso de entrevistas nas ciências sociais. A realização de uma história escrita, a partir das sonoridades da Continental, oportuniza, também, instância para uma teorização do radialismo. No desenvolvimento das interações sociais e históricas da emissora, identificamos o que denominamos paidéia radiofônica. Ao sugerirmos as articulações de estações, como plataformas para análise, e de mapas, para leituras e localizações contextuais da emissora, as narrativas-slogans e metonímicas ganham forma como expressões discursivas, estratégicas e identitárias. A programaçã